PLAYBACK, de Sérgio Graciano, recria o percurso artístico e pessoal de Carlos Paião, com estreia prevista para o verão de 2026.
As filmagens da longa-metragem dedicada a Carlos Paião já estão em curso, assinalando o arranque de um projeto que procura recuperar a memória de uma figura marcante da música portuguesa. A realização é de Sérgio Graciano, que dirige PLAYBACK, obra concebida para mostrar não apenas o intérprete de um dos temas mais emblemáticos do início dos anos 80, mas também o percurso pessoal de quem deixou uma marca singular na cultura nacional.
As gravações começaram a 3 de novembro na Grande Lisboa e seguem agora para Ílhavo, local onde o músico cresceu e que assume um papel central na narrativa. A estreia está prevista para o verão de 2026, antecedendo a emissão televisiva na RTP em formato de minissérie, tal como aconteceu com o projeto que levou a carreira das Doce ao grande e pequeno ecrã.
Com argumento de Mário Cenicante, o filme acompanha o trajeto de um estudante de Medicina que, movido pela pulsão criativa, decide trocar a estabilidade profissional pela incerteza da vida artística. O enredo destaca a afirmação de um estilo próprio que conquistou o público português e que continua a inspirar novas gerações, muito depois do impacto inicial.
Rafael Ferreira, selecionado entre mais de 200 candidatos num casting que percorreu várias regiões do país e terminou simbolicamente em Ílhavo, interpreta Carlos Paião. A produção reúne também Laura Dutra, Rita Durão, António Mortágua, Anabela Moreira e Albano Jerónimo, entre outros nomes ligados ao cinema e à ficção nacional.
PLAYBACK concilia humor e tensão, oferecendo um olhar atento sobre o Portugal das décadas de 70 e 80, num tempo em que o conservadorismo coexistia com o desejo de abertura ao exterior. Produzido pela Caos Calmo Filmes, com produção executiva de José Amaral, distribuição da NOS Audiovisuais e apoio da RTP, PIC Portugal, Câmara Municipal de Ílhavo e Câmara Municipal de Oeiras, o filme propõe uma viagem emocional pela vida de Carlos Paião, preservando o espírito inventivo e a energia criativa que o tornaram uma referência duradoura.
Foto: Filipe Feio
