Ovar Experience – MaZela + Manel Cruz: Uma noite de partilha de histórias sinceras

- Publicidade -

A noite intimista, em dia de aniversário de Manel Cruz, prometia ser de proximidade e de conforto e… foi tudo isto!

A riqueza das pequenas canções (como o próprio intitula que tem as duas músicas mais pequenas da Europa) fizeram diminuir a sala esgotada para um almoço de domingo à tarde em família. A prática concertada de Manel Cruz estende-se a qualquer palco através de pequenas histórias a meio de cada canção, ou então é a desculpa perfeita para a afinação de cada instrumento.

Antes do início, coube ao público a primeira canção, sem direito a bolo de chocolate neste dia de festa. Apresentou-se sozinho, em palco, ora com guitarras, ora com o seu cavaquinho.

“Beija-flôr” abriu o reportório conhecido e as primeiras boas impressões com o público, segundo o próprio. De seguida, a sua versão da versão do amigo de uma música sua (“Quem sabe”) transformada em bom pelos Foge Foge Bandido.

Seguem-se “Constelação” e “Ginger Lynn”, que fazem parte da setlist, sendo que uma é um single e a outra nunca foi editada. “Pode Beijar a Noiva” junta-se às músicas tocadas ao vivo que nunca foram editadas, quer em single, quer em álbum, isto porque, depois do confinamento, o autor português fez muitas músicas só para ele e para o público ter uma razão lógica para assistir aos seus concertos.

Pouco depois, “Mal nenhum”, uma música sobre o julgamento das pessoas em tudo o que está a ocorrer no nosso país, na sociedade em geral e, claro, nos problemas relacionados com as diferenças entre todos nós. Já “Falso Graal” é uma das músicas que o próprio tem maior prazer em tocar ao vivo, visto que foi inicialmente rejeitada pelos Ornatos Violeta, e fala sobre o lado negro que todos temos e que nos une.

Por sua vez, “Acordou” foi a primeira canção escrita durante a pandemia, durante a qual estávamos todos confinados e fechados, falando sobre a ilusão de que iríamos sobreviver mais fortes e mais unidos do que nunca.

“Lua de Fogo” e “Reencontro” deram o mote final para o momento mais desconcertante e cómico da noite, a “Aldeia do Maluco”, com o artista a colocar uma espécie capacete de basebol americano com um pára-raios em chapa de latão.

Foi, acima de tudo, uma noite de partilha de histórias sinceras em ambiente pacífico e de comunhão entre o artista e público.

O primeiro concerto da noite esteve a cargo de Maria Roque com o seu projeto MaZela, vencedores do festival Termómetro de 2024. Um concerto melódico entre a aceitação da dor e a forma de encontrarmos novas formas de a diminuir (fuga, isolamento, tristeza e mágoa).

- Publicidade -

Deixa uma resposta

Introduz o teu comentário!
Introduz o teu nome

Relacionados