De acordo com um produtor, Skull Island: Rise of Kong é resultado de falta de apoio no desenvolvimento do jogo.
Revelado em julho, Skull Island: Rise of Kong chegou esta semana às mãos dos jogadores no PC e consolas, como um doce muito amargo.
Desenvolvido pela IguanaBee Studios, a promessa do jogo leva-nos à Skull Island, a terra natal de Kong, onde controlamos o gigante gorila numa jornada de vingança pela morte dos seus pais, pelas mãos de Gaw.
Com apenas duas críticas negativas no OpenCritic e uma única no Metacritic, onde se encontra um 3/10 da IGN Internacional, Skull Island: Rise of Kong, nos dois agregadores, podia ter sido lançado e esquecido. Mas a Internet não deixou, com os jogadores hipnotizados pela qualidade bizarra do jogo.
Com uma arte cartoonesca simples e feia, o jogo aparenta mostrar animações robóticas, uma jogabilidade questionável e outras qualidades de um jogo de baixo orçamento. Mas a cereja no topo do bolo parecem ser as cinemáticas hilariantes, com elementos aleatórios e expressões bizarras de Kong, como podemos assistir no clipe em baixo, onde o nosso herói é confrontado com uma imagem estática de um inimigo, sem qualquer contexto, antes de se enraivecer.
De acordo com uma publicação no The Verge, este bizarro produto baseado numa propriedade intelectual tão popular como o King Kong e o Monsterverse esteve em desenvolvimento apensas durante um ano e foi alvo de limitações e restrições impostas pela distribuidora GameMill Entertainment.
Contactados, um dos produtores da equipa IguanaBee revelou que, apesar do talento existente no estúdio, uma série de constrangimentos são a razão para o mau jogo. O produtor, que preferiu manter anonimato, revela que o título esteve em desenvolvimento apenas durante um ano e que, a meio do processo, a equipa sentiu que já tinha perdido a esperança, referindo que o desenvolvimento estava “em piloto automático” e que era comum não receberem informações adicionais sobre o projeto por parte da distribuidora, obrigando à improvisação, tão pouco sobre a orçamento adicional para financiar o projeto e garantir mais pessoas a trabalhar nele.
Skull Island: Rise of Kong é, neste momento, considerado por muitos jogadores um dos piores jogos de sempre, colocando o trágico The Lord of the Rings: Gollum de lado. Mas pode também ser, infelizmente, um dos exemplos de que “sem ovos não se fazem omeletes”, neste caso: sem tempo, orçamento e uma equipa saudável, é possível que um jogo saia um completo desastre.
Os mais curiosos podem espreitar Skull Island: Rise of Kong no PC e consolas.