A Revolut passa a disponibilizar o Modo Rua, uma proteção sensível à localização que atrasa transferências e exige verificações adicionais fora de locais seguros.
A Revolut introduziu um novo sistema de segurança pensado para responder ao aumento de furtos de telemóveis e às técnicas de fraude que costumam intensificar-se nesta altura do ano. O chamado Modo Rua funciona como uma camada adicional de proteção nas operações realizadas fora de locais assinalados pelo utilizador como seguros, limitando o acesso imediato ao dinheiro sempre que o dispositivo é utilizado em zonas de maior risco. A funcionalidade chega ao Reino Unido e ao Espaço Económico Europeu, incluindo Portugal, num período em que o movimento nas ruas e os eventos festivos servem muitas vezes de oportunidade para abordagens oportunistas.
A criação deste mecanismo decorre de episódios em que assaltantes aproveitam o facto de o telemóvel permanecer desbloqueado, obrigando por vezes as vítimas a concluir verificações no próprio aparelho antes de fugirem com ele. Perante este cenário, o Modo Rua recorre à localização para ajustar automaticamente o nível de proteção aplicado às transferências. Quando o utilizador se encontra fora dos locais previamente definidos como confiáveis, qualquer operação acima de um valor estabelecido passa a exigir validações de identidade adicionais e fica sujeita a um atraso de uma hora. Esse intervalo funciona como margem de segurança para travar transações potencialmente forçadas.
A equipa responsável destaca que a evolução constante das táticas de fraude exige respostas igualmente adaptáveis. A ferramenta foi concebida para que cada cliente configure o seu próprio perímetro de segurança e ajuste limites de transferência, permitindo que a aplicação reaja ao contexto específico de cada utilização. Dentro dos locais definidos, as operações continuam a ser concluídas de imediato após a verificação habitual. Fora deles, só avançam depois de um segundo controlo biométrico, realizado no final do período de atraso.
O Modo Rua amplia o que já existia no Wealth Protection, lançado no ano anterior e destinado a travar o acesso às poupanças em situações de roubo físico do dispositivo. Esta funcionalidade reforçada integra um conjunto mais vasto de ferramentas criadas para reduzir riscos associados ao uso quotidiano da aplicação. A Revolut indica que mais de um milhão de clientes na Europa ativaram o Wealth Protection desde o seu lançamento, sinalizando a crescente procura por mecanismos de defesa adicionais num ambiente em que as ameaças digitais e físicas se cruzam com frequência crescente.
