Para acabar mais uma jornada de seleções de álbuns a ouvir, eis a última seleção de álbuns a ouvir em 2023.
Como se sabe, dezembro é sempre um mês como poucos lançamentos e novembro também nunca é recheado, daí juntar os dois meses no mesmo artigo e já fica arrumado.
Desta vez, um bocado por falta de tempo para fazer os tops de fim de ano e também por não haverem muitos lançamentos de destaque, (tanto em novembro, como em dezembro), com a excepção de dois potenciais álbuns que podem entrar na minha seleção de melhores do ano (spoiler-alert), neste artigo apenas vou apenas listar álbuns a ouvir e classificá-los, sem acrescentar qualquer comentário.
Para além disso, claro que vou manter a minha sugestão de músicas sobre as quais vale a pena dar uma vista de ouvidos.
Álbuns de Novembro
Aesop Rock – Integrated Tech Solutions
Género: Rap
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Classificação do álbum: ★★★★½
Músicas a ouvir:
> Mindful Solutionism
> Infinity Fill Goose Down
> Kyanite Toothpick
Beirut – Hadsel
Género: Indie Folk/Baroque Pop
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Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> Hadsel
> Arctic Forest
> So Many Plans
> January 18th
Ian Sweet – SWEET
Género: Indie Rock
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Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> Emergency Contact
> Fight
> Slowdance
Jung Kook – Golden
Género: Pop
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Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> Seven (ft. Latto)
> Standing Next To You
> Yes Or No
Kurt Vile – Back To Moon Beach
Género: Indie Rock
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Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> another good year for the roses
> like a wounded bird trying to fly
> Must Be Santa
Laura Veirs – Phone Orphans
Género:
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Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> If You Could Hold Someone
> The Archers
> Tiger Ocean
PinkPantheress – Heaven Knows
Género: Pop
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O álbum de estreia de PinkPantheress marca um afastamento do bedroom pop, que tem sido o género predominante no início de carreira da artista, tornando claro a sua evolução e necessidade de exploração. Foi um lançamento que tardou, mas apesar da evolução (exponencial pela colaborações nele presentes), este álbum não desvirtua o estilo característico da artista, expondo-a ao mainstream sem negligenciar as suas raízes musicais.
Através de uma nostalgia saudosa, PinkPantheress cria um pop leve e atraente, capturando a essência de uma geração imersa na cultura da internet. Apesar de mergulhar em emoções profundas, o álbum permanece vibrante, repleto de surpresas cativantes e inventividade, solidificando a reputação de Victoria Walker como a mais recente visionária do universo pop. A elaborada composição de músicas e a amplitude diversificada destacam Heaven Knows, oferecendo uma estreia envolvente com um toque dos clássicos do género do Reino Unido (de onde é natural).
A colaboração com Ice Spice em “Boy’s a liar Pt. 2” é a faixa mais brilhante do álbum (e conhecida mundialmente), revelando a habilidade e inventividade (que referi anteriormente) de PinkPantheress. Apesar de tudo, fica a sensação que, no meio da inovação, há uma pitada de “dúvida” que impede certas parte do álbum parecerem 100% genuínas.
Em todo o caso, Heaven Knows é um capítulo bastante promissor na carreira de PinkPantheress, que brinca com o choque entre a familiaridade e a inovação.
Classificação do álbum: ★★★★½
Músicas a ouvir:
> Another Life (ft. Rema)
> Mosquito
> Nice To Meet You (ft. Central Cee)
> Boy’s A Liar (ft. Ice Spice)
Spiritual Cramp – Spiritual Cramp
Género: Punk Rock
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Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> Talkin’ On Th Internet
> Herberts On Holiday
> City On Fire
> Better Off This Way
Álbuns de Dezembro
Nicki Minaj – Pink Friday 2
Género: Rap/R&B
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Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> Are You Gone Already
> Barbie Dangerous
> Falling 4 U
> Let Me Calm Down (ft. J. Cole)
> Last Time I Saw You
> Just The Memories
Peter Gabriel – i/o
Género: Art Rock/Art Pop
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i/o é talvez o regresso mais triunfante de Peter Gabriel, servindo também para destacar a sua brilhante longevidade. A sinceridade de Gabriel brilha e, ainda que algumas das suas letras não sejam caprichadas, leva os ouvintes numa jornada profunda das experiências da vida do artista, posicionando-se um dos seus melhores álbuns a solo.
O conceito do álbum com duas abordagens de cada faixa – Bright-Side & Dark-Side – acrescenta uma nuance mais eclética ao álbum, que apregoa à inovação e audácia da lenda dos Genesis. Diria que não é um de assimilação e absorção imediata, até porque tem uma certa profundidade filosófica, mas uma rodagem completa (que ainda leva duas horas), é recompensador. É verdade que a estrutura das canções é algo elaborada, mas longe de tornar o artista inacessível – continua um livro aberto.
Embora a escrita não tenha a chama dos trabalhos mais antigos de Gabriel, i/o é uma ótima adição ao legado de Gabriel. A espera de mais de 10 anos é uma doçura para os fãs de longa data e uma aprendizagem para quem acabou de se juntar. O produto final é algo substancial e profundamente ponderado, provando que Peter Gabriel continua a ser um músico de elite num patamar próprio.
Classificação do álbum: ★★★★½
Músicas a ouvir:
> Panapticom – Bright-Side Mix
> i/o – Bright-Side Mix
> Olive Tree – Bright-Side Mix
> Playing For Time – Dark-Side Mix
> Four Kinds of Horses – Dark-Side Mix