Abril foi um mês cheio de triunfos musicais no formato de álbum, deixo-vos uma análise a 12, mais a sugestão de outros sete.
Mataram-se saudades de Father John Misty, Let’s Eat Grandma, Pusha T e Kae Tempest. Voltou-se a receber os Fontaines D.C., Kurt Vile e Vince Staples com entusiasmo. Abriram-se portas, pela primeira vez, para Wet Leg. Ah! Os Papa Roach têm novo álbum e é decente!
Podem ler sobre algumas destas bandas e algumas mais no artigo de álbuns essenciais do mês de abril.
Bob Vylan – Bob Vylan Presents the Price of Life
Género: Punk/Grime
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Quando o Punk e o Rap se juntam sabem qual é o resultado? Pois bem, os Bob Vylan fazem uma dissertação sobre essa mistura explosiva de géneros no seu novo álbum Bob Vylan Present the Price of Life.
Assim sem mais nem menos, dois anos após o álbum de estreia, são alavancados para as bocas do mundo, contanto já com uma nomeação para Best UK Breakthrough Artist dos Heavy Music Awards, em 2022.
É certo que este álbum é mais acessível ao público geral, quando comparado com produções anteriores, mas não foi por isso que perdeu fulgor ou qualidade. Este é um dos álbuns mais explosivos e ecléticos deste ano e, a meu ver, consegue arrebatar para os Bob Vylan um lugar entre as melhores bandas/artistas em atividade no panorama punk.
Os 34 minutos de duração desta produção (que por si só parecem curtos) sabem a pouco, face à qualidade da mesma. O ponto positivo é que podemos revisitá-la as vezes que quisermos.
Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> Wicked & Bad
> Health Is Wealth
> He Sold Guns
> Pretty Songs
> GDP
Father John Misty – Chloe and the Next 20th Century
Género: Folk/Jazz
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Enquanto alguma da crítica opta por ser suportar no afastamento de Joshua Tillman da sua faceta mais interventora no que toca a letras, depreciando este novo álbum, eu opto por me suportar no real sumo do mesmo. Um artista não tem de ser rotulado musicalmente com base numa fase da sua vida que se refletiu numa orientação lírica/musical. A beleza da música é essa, ser um espelho para a vida do artista, para o seu íntimo, para a sua mente, para a sua memória. O portfólio do mesmo é quase com um diário escrito com ritmo.
Chloe and the Next 20th Century é uma carta de amor a paixões incompletas, na qual Father John Misty desenha um mundo hipotético onde tudo se desenrola em câmera lenta ao som das mais belas melodias, que atualmente já quase não se produzem.
Esta é uma carta de amor segmentada em vários contos que podem ser absorvidos num exercício delicadamente desenhado pela voz afetiva e emocional do artista.
Apesar de haver alguns vislumbres de trabalhos passados na sonoridade encantadora e na voz ternurenta, considero este álbum bastante diferentes dos antecessores, mas nem por isso o acho abaixo dos mesmos.
Há valor em falar sobre tudo quando a motivação e intenção é pura e Chloe and the Next 20th Century é um álbum que valoriza muito falar-se sobre o amor.
“Livin’ for no one costs me way more than it’s worth”
Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> Chloe
> Goodbye Mr Blue
> Buddy’s Rendezvous
> Q4
> Funny Girl
Fontaines D.C. – Skinty Fia
Género: Post-Punk
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Para quem já acompanha os Fontaines D.C., tem sido uma viagem e pêras, desde o lançamento do álbum de estreia, Dogrel.
Ainda que Skinty Fia seja um álbum honesto, relevante e completo, o que o define é a maturidade instrumental que faz justiça à maturidade lírica. Sou sincero e justo quando digo que a maturidade lírica já anda por estas “bandas” há algum tempo e quem conhece a banda pode comparticipar esta teses.
Para quem não conhece os Fontaines D.C. tão bem, ficam a saber que a a fundação desta banda remonta aos tempos de faculdade, onde os cinco elementos se conheceram e criaram laços por partilhar um amor comum por poesia. Antes de se aventurarem no mundo da música, partilharam autoria em duas obras de poesia publicadas (“Vroom” e “Winding”). Nenhum dos poemas dessas obras se transformou em música, mas a poesia continua, cantada.
Da Irlanda para o mundo, Skinty Fia é o mais recente triunfo de Fontaines D.C. que completam assim uma trilogia que surgiu em crescendo constante de qualidade e de profundidade.
Na falta de mais palavras, deixo um excerto:
“I love you, I love, I told you I do
It’s all I’ve ever felt, I’ve never felt so well
And if you don’t know it, I wrote you this tune
To be here loving you when I’m in the tomb”
Classificação do álbum: ★★★★★
Músicas a ouvir:
> In ár gCroíthe go deo
> Jackie Down The Line
> Roman Holiday
> The Couple Across The Way
> I Love You
Kae Tempest – The Line Is A Curve
Género: Spoken-Word/Hip-Hop
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A abordagem musical de Kae Tempest pode não ser a mais convencional, mas há um génio por detrás de toda esta produção musical. Para dar contexto, Tempest, antes de começar a ter sucesso na música, impulsionou a sua carreira enquanto poeta.
Formada na BRIT School for Performing Arts and Technology, Tempest foi a primeira pessoa com menos de 40 anos (28 na altura) a ganhar o Ted Hughes Award pelo seu trabalho com a sua obra poética Brand New Ancients, que foi só a segunda que lançou, um ano depois de ter começado a publicar as suas poesias. Essa obra foi incluída na lista Next Generation Poets, em 2014, pela Poetry Society. Pouco depois disso, recebeu duas nomeações em álbuns consecutivos para o Mercury Music Prize e, em 2018, foi nomeada para um Brit Award de melhor performer feminina a solo.
Por vezes falo em prémios quando artistas os ganham, fazendo com que pareça estranho estar a referir as nomeações de Tempest como um grande feito… A verdade é que é, de facto, um grande feito. Comecei esta análise por referir que a abordagem musical de Tempest não é a mais convencional e, inevitavelmente, isso tem um peso. Como tal, conseguir este tipo de nomeações não sendo sequer cantora (o género de Tempest é Spoken-Word), é impressionante.
The Line Is A Curve é, provavelmente, o melhor álbum para se entrar e ambientar com o universo de Tempest, que mistura poemas fantásticos com sonoridades mais apetecíveis, com o toque especial de colaborações (Kevin Abstract dos Brockhampton, Grian Chatten dos Fontaines D.C. que referi acima, Confucius MC e Lianne La Havas) que trazem mais luz ao tom das músicas, quase fazendo esquecer que Tempest é “apenas” uma poeta, que debita poesia com música de fundo.
Sem dúvida alguma um dos grandes álbuns deste ano, que podem ouvir ao vivo no dia 27 de maio no M.Ou.Co (Porto).
Classificação do álbum: ★★★★★
Músicas a ouvir:
> I Saw Light (ft. Grian Chatten)
> No Prizes (ft. Lianne La Havas)
> Salt Coast
> Don’t You Ever
> More Pressure (ft. Kevin Abstract)
Kathryn Joseph – For You Who Are Wronged
Género: Indie Folk/Alternative
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Já não ouvia um álbum que oferecia tanto com tão pouco faz algum tempo.
Natural de Inverness (Escócia), Kathryn Joseph é um autêntico mistério e, quando ouvi o álbum pela primeira vez, fiquei imediatamente rendido e soube que este era um álbum essencial – tanto que foi um dos primeiros que selecionei para integrar a lista de abril.
Digo que é um mistério porque, após alguma pesquisa, pouco ou nada encontrei sobre as suas origens, influências musicais, colaborações e percurso em si. Pude, no entanto, constatar que começou a sua carreira “tarde”, tendo lançado o seu álbum de estreia em 2016 (aos 41 anos), o que diz muito sobre o mesmo e explica ainda mais sobre o porquê de tanta maturidade e certeza na música que produz.
For You Who Are Wronged tem tanto de aconchegante como de perturbador, dando origem a uma experiência ímpar. Por detrás de uma escrita a cambalear sobre uma aceitação aconchegante estão mensagens sorumbáticas. Por detrás de melodias que transmitem uma paz interior intensa parece haver algo a querer explodir, a qualquer momento. Por detrás de uma voz que consegue acalmar a alma mais sobressaltada, há rancor e revolta.
De uma ponta a outra, é possível encontrar beleza, numa chama que arde sem se ver, que aquece, mas também pode queimar.
Classificação do álbum: ★★★★½
Músicas a ouvir:
> what is keeping you alive makes me want to kill them for
> how well you are
> until the truth of you
> of all the broken
Kurt Vile – (Watch My Moves)
Género: Folk Rock/Americana
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Kurt Vile é um músico completo com uma inventividade impressionante e quase tudo o que é produzido por ele raramente falha. Enquanto (Watch My Moves) não é um dos trabalhos mais impressionantes de Vile, diz muito sobre o mesmo. Isto porque não falha em nada e é do mais “terra a terra” que se poderia pedir, o que demonstra uma vez mais o alcance e dimensão musical do artista.
Neste álbum, Vile leva-nos numa viagem a tempos mais simples, acompanhados de sons Americana muito distintos, com letras diretas e objetivas.
O mais impressionante neste trabalho de Vile é que apresenta uma ramificação nova do que tem vindo a produzir até então e aparenta não ter tido muito esforço para o conseguir. É um artista cujo processo criativo continua a dar origem a bons álbuns atrás de bons álbuns, com propósito.
Cada vez mais acredito que há uma intenção “secreta” de seguir as pegadas de artistas como Neil Young ou Nick Cave, que conseguem lançar álbuns quase todos os anos, com um propósito e razão de ser.
Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> Going on a Plane Today
> Flying (like a fast train)
> Like Exploding Stones
> Hey Like a Child
Let’s Eat Grandma – Two Ribbons
Género: Synth-Pop/Experimental Pop
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Let’s Eat Grandma é um projeto criado por Rosa Walton e Jenny Hollingworth que quero ver a brilhar por inúmeras razões. A primeira das quais deve-se ao facto deste duo de Norwich (Reino Unido) ter uma amplitude impressionante de instrumentos que empregam com sucesso. A segunda é que são só duas raparigas, que começaram a produzir música juntas quando tinham 12/13 anos, sem pedir ajuda a ninguém, usando uma loop station. A terceira é que antes de celebrarem a maioridade já tinha um aclamado álbum de estreia, o I, Gemini.
Na sequência desse álbum surgiu I’m All Ears, que foi um dos melhores álbuns do ano 2018 segundo a crítica, tendo inclusive figurado nos cinco lugares cimeiros da minha preferência. Em 2019, num dos concertos mais aguardados do ano para mim, tive a oportunidade de as ver ao vivo no Primavera Sound e não vacilei. Nem eu, nem o duo britânico, tendo superado as expectativas na faixa “Donnie Darko”, a jóia da coroa de Let’s Eat Grandma.
Os dois álbuns de estreia encontraram força na sonoridade criativa e transcendente, até mesmo quando as letras não caprichavam. Isto remete-me para onde quero chegar, o novo álbum…
Como podem imaginar, se ainda não saltaram para o álbum seguinte, Two Ribbons era um dos álbuns mais aguardados de 2022, para mim. Isto porque a imprevisibilidade na música de Walton e Hollingworth é algo que me entusiasma, no entanto, não fiquei tão surpreendido quando estava à espera, mas fico feliz por perceber que houve evolução.
Two Ribbons é um nome que faz justiça poética a um álbum com duas partes que se unem entre elas, como se de um laço se tratasse. Na primeira parte temos as Let’s Eat Grandma iguais a elas próprias, como sonoridades de ouvir e chorar por mais. Na segunda parte há uma mudança radical de orientação musical, que não encaixa de todo no álbum. Acho uma boa exploração, de uma vertente mais acústica a ritmo menos acelerado, mas num álbum com 10 faixas, esta segmentação não faz muito sentido.
Em todo o caso, esta segmentação não faz mossa, até porque de lá sai uma das músicas a ouvir. Two Ribbons é mais um passo na direção certa na curta carreira de Let’s Eat Grandman, pela qual cruzo os dedos, com um desejo de sucesso por detrás.
Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> Happy New Year
> Levitation
> Insect Loop
> Sunday
PUP – The Unraveling of PuptheBand
Género: Punk Rock/Emo
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Os PUP são talvez uma das bandas punk mais “divertidas” da atualidade. É curioso que com o álbum de estreia (2014) descobriram a fórmula para espremer uma entoação jovial de um género que tende a ser mais agressivo e mais ninguém os conseguiu puxar na direção contrária.
Morbid Stuff, em 2019, foi um dos álbuns mais consistentes do ano, mantendo a mesma energia de uma ponta à outra. Este ano temos The Unravelling of Puptheband, um álbum mais atrativo melodicamente que o seu antecessor e que pouco lhe deve no que toca a escrita, transparecendo um sentimento de depressão sem nunca ser deprimente, como tal, diria que estão em patamares idênticos.
Do entusiasmo de “Totally Fine” à tranquilidade de “Cutting Off Corners”, passando pela explosividade de “Waiting”, podemos assistir a um exercício que já é familiar para a banda canadiana e com o qual os elementos da mesma parecem estar a viver a sua melhor vida, tocado juntos.
Não tenho quaisquer dúvidas que se esteve álbum tivesse chegado 15 anos mais cedo, os PUP seriam um sucesso comercial gigantesco.
Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> Robot Writes A Love Song
> Matilda
> Waiting
> Cutting Off Corners
Pusha T – It’s Almost Dry
Género: Rap
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Dentro do género em que há mais variações de qualidade de produção e escrita de álbum para álbum, muito devido à pressão auto-imposta de produzir um álbum por ano para evitar cair no esquecimento, Pusha T tem sido um dos rappers mais ponderados e consistentes. Pusha T não se curva perante a pressão de sobre-produção, dando sempre dois ou três anos a cada álbum para respirar e “apurar” antes de produzir novo álbum – assim tem sido na última década.
Para além dessa consistência também há qualidade, sendo que o rapper norte-americano está em total controlo do seu processo criativo, mantendo a inventividade na produção e a qualidade lírica.
Este álbum chega com uma mensagem intrínseca bem embutida nas suas raízes: Apesar de acharmos que já ouvimos tudo o que havia para ouvir de Pusha T, este está longe de deixar revelados todos os truques que ainda tem na manga.
It’s Almost Dry está longe de estar “seco”, servindo o simples propósito de fazer uma exposição ao talento de Pusha T na implementação de “samples” sacados com um corte e cose digno dos melhores alfaiates do universo Rap.
It’s Almost Dry marca também um marco triste na história do Rap, que é provavelmente o fruto da última colaboração entre Kid Cudi e Kanye West, que tem sido como o nome da música indica: “Rock N Roll”.
Classificação do álbum: ★★★★½
Músicas a ouvir:
> Dreaming Of The Past (ft. Kanye West)
> Neck & Wrist (ft. Jay-Z & Pharrell Williams)
> Diet Coke
> Rock N Roll (ft. Kanye West & Kid Cudi)
> Scrappe It Off (ft. Lil Uzi Vert & Don Toliver)
Tomberlin – I Don’t Know Who Needs To Hear This…
Género: Folk/Indie Folk
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Tomberlin, conhecida pela sua capacidade de escrita, lança um álbum glorioso no qual deambula fazendo questões para as quais não tem resposta imediata, mas que acabam por ficar “resolvidas” após reflexão por parte da artista de Jacksonville.
E assim se desenrola I Don’t Know Who Needs To Hear This…, com introspeções simples, acompanhadas de analogias rebuscadas e de uma narrativa simples, mas envolvente. A cada música é-nos contada uma história, para se ouvir com atenção, no conforto do nosso silêncio e paz interior, pois há muito a retirar daqui.
A perceção da realidade que rodeia a artista é assombrosa, num álbum sobre inseguranças e dissabores que muitos viveram, mas poucos têm a capacidade e frieza para os decompor e expor da forma que ela faz.
Aos 27 anos, Tomberlin parece já ter vivido o triplo e a sua maturidade no que toca a produção musical parece já estar a chegar ao auge, que tem tanto de experimentalismo como de certeza como de afirmação. O melhor? É que este não é, de todo, um álbum conclusivo de carreira. É, sim, o extremo oposto, visto que Tomberlin está a “acabar de começar”.
Classificação do álbum: ★★★★½
Músicas a ouvir:
> easy
> tap
> stoned
> happy accident
Vince Staples – Ramona Park Broke My Heart
Género: Rap
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Menos de um ano após o lançamento do seu álbum self-titled de formato “express”, com uma orientação muito pessoal, Vince Staples está de volta à produção musical.
Desta vez, não só mantém as coisas pessoais, como as desenvolve e explora ao nível seguinte, desenterrando situação desconhecidas sobre o seu passado.
Ramona Park Broke My Heart é mais um álbum que, apesar das suas virtudes, não consegue competir com os melhores trabalhos do rapper, mas diria que ganha muito pela vulnerabilidade que o mesmo expõe ao longo do mesmo. Arrisco a dizer que, a seguir a Summertime ’06 e Big Fish Theory, este é o álbum mais refinado de Vince até à data.
Por outro lado, dentro desde registo mais afastado de sonoridades eletrónicas, este é o álbum no qual houve um maior capricho no que toca a brio com a produção musical, destacando Ramona Park Broke My Heart um dos melhores álbuns de Vince Staples até à data.
Está na hora de voltar a Portugal, para voltar a ir vê-lo ao vivo e dar um “update” nas minhas memórias do ótimo espetáculo que o rapper norte-americano consegue proporcionar.
Classificação do álbum: ★★★★½
Músicas a ouvir:
> AYE! (FREE THE HOMIES)
> MAGIC (ft. Mustard)
> WHEN SPARKS FLY
> EAST POINT PRAYER (ft. Lil Baby)
> LEMONADE (ft. Ty Dolla $ign)
> ROSE STREET
Wet Leg – Wet Leg
Género: Post-Punk/Britpop
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As Wet Leg começaram a tomar o Reino Unido de assalto em 2021 com a música “Chaise Long” e ainda lançaram “Wet Dream”, que esteve na minha lista final para o top de 100 melhores músicas desse mesmo ano.
Desde então, tenho aguardado com expetativa o álbum de estreia de Rhian Teasdale e Hester Chambers. Após mais de cinco rodagens, tenho a dizer que não só não desapontou, como superou todas as minhas expectativas.
Este self-titled album, como álbum de estreia do duo britânico, é um êxito frenético cheio de criatividade no que toca a ritmos musicais empregados e um crescendo de emoção na forma como Teasdale e Chambers se atiram, agarram e usam cada faixa. O resultado é visível, expressivo e até explosivo, desenvolvendo-se em velocidade cruzeiro para todo o mundo ouvir e aceitar que as Wet Leg chegaram e vieram para ficar.
Apesar de já terem passado em Portugal, pelo festival Super Bock em Stock, não há previsão de quando regressarão, para muita pena minha.
Classificação do álbum: ★★★★★
Músicas a ouvir:
> Being In Love
> Chaise Long
> Wet Dream
> Ur Mom
> Too Late Now
Outros álbuns a ouvir:
> Kehlani – Blue Water Road
> Papa Roach – Ego Trip
> Omar Apollo – Ivory
> Orville Peck – Bronco
> Sofi Tukker – Wet Tennis
> Syd – Broken Hearts Club
> The Linda Lindas – Growing Up
> Walt Disco – Unlearning