Startup está focada no desenvolvimento e comercialização de proteínas unicelulares produzidas a partir de resíduos agro-alimentares.
A MicroHarvest, startup alemã de biotecnologia, anunciou esta semana que fechou com sucesso uma ronda de financiamento Série A no montante de 8,5 milhões de euros liderada pela Astanor Ventures e pela Happiness Capital, que contou com a participação da sociedade de capital de risco portuguesa Faber e do investidor atual FoodLabs.
O financiamento vai permitir à startup sediada em Hamburgo crescer a sua equipa de R&D (Investigação e Desenvolvimento), construir uma fábrica piloto em Lisboa e acelerar a produção para uma escala comercial. Depois de um ensaio piloto bem-sucedido feito este ano, irão ser feitos novos ensaios de produção em maior escala e realizados mais testes de aplicação do produto, com o objetivo de entrar no mercado em 2023.
A MicroHarvest é uma startup de biotecnologia com a missão de fornecer proteínas melhores, mais saudáveis e mais saborosas, produzidas de forma sustentável utilizando o poder dos microrganismos. Com o seu novo sistema de produção de proteína unicelular, a empresa responde à necessidade premente de alternativas sustentáveis para satisfazer a crescente procura global de proteínas. Deste modo, a empresa responde diretamente à crescente procura de ingredientes protéicos alternativos para a alimentação humana, um mercado avaliado em 14 mil milhões de dólares.
A tecnologia da MicroHarvest permite a produção de proteínas utilizando bactérias a uma velocidade e eficiência que excedem largamente as abordagens existentes. Ser capaz de aumentar rapidamente a produção é fundamental para se tornar num agente relevante no mercado de ingredientes B2B, permitindo a produção descentralizada de proteínas sustentáveis, nutritivas, de alta qualidade e segurança. As aplicações possíveis ao longo de toda a cadeia de valor das proteínas são numerosas – desde a alimentação animal até à aplicação direta na alimentação humana e na dos animais de estimação.
Foto de: Christian O. Bruch