O novo Mercado Municipal de Quarteira vai avançar após aprovação do Tribunal de Contas. Obra de 20 milhões de euros terá 66 espaços comerciais.
O Tribunal de Contas aprovou a construção do novo Mercado Municipal de Quarteira, desbloqueando uma das intervenções urbanísticas mais aguardadas da cidade. A empreitada insere-se na terceira fase do projeto de requalificação da zona costeira entre Quarteira e Vilamoura, vulgarmente conhecida como Passeio das Dunas, e marca o arranque formal de um projeto que visa transformar o mercado num espaço estruturante da atividade económica e da vivência urbana local.
O edifício será construído de raiz, com uma área de implantação próxima dos 15.000 m2, e pretende afirmar-se como novo centro comercial da cidade, conciliando tradição com funcionalidade contemporânea. O mercado ambiciona desempenhar um papel relevante na dinamização do comércio local e na valorização do turismo na região.
O novo Mercado Municipal de Quarteira inclui um parque de estacionamento subterrâneo com dois pisos e capacidade para 224 viaturas, a que se somam mais 100 lugares à superfície. No interior, o edifício contará com 24 bancas destinadas à venda de peixe e outras 24 para produtos hortofrutícolas. Está também prevista uma zona de restauração com dez módulos, seis lojas, oito quiosques, dois espaços para escritórios ou coworking e áreas de estadia. No total, serão 66 unidades comerciais distribuídas por diferentes tipologias.
O desenho arquitetónico do Mercado Municipal de Quarteira procura combinar utilidade e modernidade, posicionando o edifício como uma referência a nível regional. Além da função tradicional de abastecimento, o espaço procurará integrar novas tendências de consumo e explorar diferentes formas de ocupação e dinamização económica.
O custo global da obra ronda os 20 milhões de euros, com um prazo de execução estimado em três anos e meio. A expetativa é de que os trabalhos tenham início ainda durante o verão.
O projeto do Mercado Municipal de Quarteira sofreu alguns atrasos, na sequência da incorporação de alterações resultantes de um estudo sobre a subida do nível médio do mar. Por esse motivo, o edifício será um dos primeiros equipamentos públicos em Portugal concebidos com critérios rigorosos de adaptação e resiliência face às alterações climáticas.