A Masnostra iniciou uma reestruturação completa da sua rede em Portugal, suspendeu novos contratos para a U2 e esclarece ações legais contra a Evomedia.
A UN2, marca detida pela Masnotra – anteriormente conhecida como Artiva e Nostra Telecom -, e sobre a qual já falámos aqui no Echo Boomer, pausou temporariamente os seus serviços em Portugal. Em comunicado, a Masnostra anunciou estar a proceder a uma reestruturação completa da sua rede de telecomunicações em Portugal, abrangendo tanto a infraestrutura de fibra ótica como a vertente móvel. Durante este processo, a empresa decidiu suspender temporariamente a abertura de novos contratos, medida que permanecerá em vigor até que a transição para a nova infraestrutura esteja concluída.
Segundo a administração, esta decisão resulta da rescisão, por justa causa, do contrato com a fornecedora grossista Evomedia. De acordo com uma investigação interna, em coordenação com outros operadores e sob supervisão da ANACOM, foi identificado que a Evomedia prestava serviços grossistas sem a autorização dos proprietários de rede, nomeadamente a Altice e a NOS.
A investigação concluiu que a empresa em causa terá operado de forma irregular, através da revenda não autorizada de serviços, da celebração de acordos sem a notificação obrigatória à ANACOM e de possíveis infrações relacionadas com concorrência desleal, fraude contratual e violação da legislação das telecomunicações. Perante estes factos, a Masnostra não só encerrou a parceria com a Evomedia, como avançou com queixas formais e ações judiciais para apuramento de responsabilidades legais.
A empresa afirma já ter celebrado novos acordos diretamente com operadores proprietários de rede, o que permitirá, segundo refere, assegurar uma infraestrutura mais robusta e estável para os seus clientes. E, sublinha a administração, esta suspensão temporária de novos contratos não representa uma saída do mercado, mas sim uma medida preventiva destinada a garantir a conformidade legal e a qualidade futura dos serviços. A empresa assegura que regressará com uma rede reforçada, transparente e capaz de responder às exigências do mercado.
Masnostra desmente alegações sobre ilegalidades
A Masnostra reagiu ainda a notícias divulgadas em portais nacionais, que a empresa classifica como falsas e prejudiciais à sua reputação. Entre as alegações contestadas estão a insinuação de que a operadora teria atuado ilegalmente e a referência a supostos “mudanças de nome” para ocultar irregularidades.
A empresa esclarece que a sua identidade resulta de um processo de fusão entre diferentes grupos e entidades, e não de alterações sucessivas de designação. Reforça ainda que possui todas as licenças necessárias para operar nos países onde está presente, em conformidade com a legislação aplicável.
Relativamente ao litígio com a Evomedia, a Masnostra reafirma que a decisão de rescindir o contrato foi tomada internamente após a deteção de irregularidades graves.