Conscientes da escassez de equipamentos de proteção na prevenção desta pandemia, são várias as entidades que se juntaram a esta luta que nos afeta a todos.
Uma delas é o IADE – Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação da Universidade Europeia, que desenvolveu de raiz um projeto de design e produção de viseiras que contribuem, com segurança, para a proteção e minimização da propagação do vírus.
Analisado e validado por profissionais de saúde, e respeitando a regulamentação em termos de material e higiene, as viseiras do IADE são de fácil utilização e reutilizáveis. Desenvolvidas com os materiais policarbonato transparente 0.75mm, PLA e Elástico Náutico, a sua produção assenta, principalmente, na tecnologia de corte a laser e com recurso à impressão 3D, o que permite uma maior produção num curto espaço de tempo.
Dada a necessidade de haver uma maior disponibilização deste material de proteção, o IADE tem já em desenvolvimento, desde o design à produção, de mais 600 viseiras, em parceria com a Ondagrafe, uma empresa de produção digital, perfazendo assim um total de 960 viseiras que serão doadas aos Hospitais Beatriz Ângelo, Santa Maria, Amadora Sintra e Estefânia.
Também a Rufel, marca especializada no fabrico de bolsas, reuniu esforços e avançou com a produção de viseiras hospitalares, para proteção de todos os que estão na linha da frente na luta contra a Covid-19. Neste momento, já foram produzidas 300 unidades e a marca prepara-se agora para que mais 400 sejam concebidas, a partir desta semana. Os materiais serão doados aos principais hospitais da zona Norte do país.
Na fábrica da Rufel em Santa Maria da Feira, estão neste momento cerca de seis funcionários, a trabalhar com todos os cuidados necessários, para ajudar de alguma forma aqueles que lutam diariamente pelo bem-estar de todos.
Já o Grupo Clínico Saúde Viável, especializado no diagnóstico, tratamento e investigação em saúde e transplante capilar, está, desde o início desta semana, a apoiar o desenvolvimento de viseiras para serem utilizadas pelo pessoal clínico em ambiente hospitalar, na prestação de cuidados de saúde aos doentes diagnosticados com COVID-19.
No Centro de Investigação & Desenvolvimento (I&D) do Grupo estão a ser produzidos, através de impressão 3D, os suportes necessários para as viseiras que serão usadas nas tarefas de triagem e identificação de novos doentes diagnosticados com COVID-19, nos centros de saúde; e no acompanhamento dos doentes nos cuidados intermédios e intensivos, nos hospitais.
O mesmo está a acontecer com a Fraunhofer AICOS, sendo que o centro de investigação da fundação está a utilizar equipamentos próprios de fabricação aditiva (impressoras 3D) para produzir viseiras de proteção para os profissionais de saúde do IPO Porto. Nesta primeira fase, estão a ser produzidas 50 viseiras.
E sim, até o Grupo Nabeiro – Delta Cafés encontra-se a produzir material de proteção individual, máscaras e viseiras, numa das unidades do Grupo, em Campo Maior. O material de proteção individual já foi entregue a alguns Hospitais do Alentejo, nomeadamente no Hospital de Portalegre e Elvas, para ajudar na proteção dos profissionais de saúde e continuará a ser produzido pela Toldiconfex, uma das unidades da empresa situada na Caia, e será oferecido aos restantes hospitais da região, como forma de combater a actual situação epidemiológica.
Como seria de esperar, a Delta está a fazer chegar café a diversas unidades hospitalares, algo essencial nestas horas que parecem intermináveis no combate ao vírus.