Concluído em Lisboa o Primeiro Túnel do Plano Geral de Drenagem

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Com 4,4 km de extensão, o primeiro túnel do Plano Geral de Drenagem de Lisboa liga Campolide a Santa Apolónia e prepara Lisboa para fenómenos climáticos extremos.

A escavação do primeiro túnel do Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL) está concluída, assinalando uma nova fase num dos mais ambiciosos projetos de engenharia urbana em curso na capital. Iniciada em Campolide, em 2023, a obra estende-se por 4 414 metros, atravessando zonas densamente urbanizadas como as avenidas da Liberdade e Almirante Reis, até alcançar Santa Apolónia. No total, foram instalados 2.452 anéis de betão.

Esta infraestrutura é considerada fundamental para reforçar a resiliência da cidade face a fenómenos meteorológicos extremos. Para além de mitigar o risco de cheias e inundações, cada vez mais frequentes, o sistema permitirá a reutilização de águas pluviais em funções não potáveis, como a rega de espaços verdes, a lavagem de ruas ou o combate a incêndios. Para esse fim, foi construído um reservatório com capacidade para 17.000 metros cúbicos.

Atualmente, estima-se que Lisboa consuma anualmente cerca de 2,8 milhões de metros cúbicos de água potável em usos que não requerem qualidade para consumo humano. Uma utilização considerada insustentável por Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que encara o novo sistema como uma oportunidade para uma gestão mais racional dos recursos hídricos.

Descrito como a “maior intervenção europeia no combate às alterações climáticas” no domínio das infraestruturas de saneamento, o PGDL é também uma das obras públicas mais exigentes do ponto de vista logístico. Os impactos no quotidiano – do ruído às alterações no trânsito – têm sido significativos, mas o executivo municipal insiste que os benefícios a médio e longo prazo justificam os incómodos temporários.

O PGDL constitui um instrumento estratégico para o município de Lisboa na área do saneamento, com foco na adaptação às alterações climáticas. A versão atualmente em vigor abrange o período de 2016 a 2030 e contempla medidas como a reabilitação da rede existente, a construção de bacias de retenção e a execução de dois túneis de grande dimensão para o escoamento e redistribuição das águas pluviais.

Foto: CM Lisboa

Alexandre Lopes
Alexandre Lopeshttps://echoboomer.pt/
Licenciado em Comunicação Social e Educação Multimédia no Instituto Politécnico de Leiria, sou um dos fundadores do Echo Boomer. Aficcionado por novas tecnologias, amante de boa gastronomia - e de viagens inesquecíveis! - e apaixonado pelo mundo da música.
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