Obras na Linha de Vendas Novas incluem renovação de estações, infraestrutura ferroviária e sistemas de sinalização, com financiamento europeu integrado.
Foi hoje formalmente consignada a empreitada de modernização da Linha de Vendas Novas. A intervenção, com um valor associado de cerca de 120 milhões de euros e um prazo de execução de 48 meses, marca o início de um processo de atualização da infraestrutura ferroviária ao longo desta linha.
A Linha de Vendas Novas, com 69 quilómetros de extensão entre Setil e Vendas Novas, envolve um investimento global de 204 milhões de euros, destinado a modernizar a linha, incluindo as estações, permitir o cruzamento de comboios com 750 metros de comprimento e reforçar a ligação entre o Porto de Sines, as plataformas logísticas nacionais e a Europa.
O projeto contempla uma série de intervenções na infraestrutura, como a substituição da superestrutura de via com travessas polivalentes de betão e carril 60 E1, o prolongamento e renovação das estações técnicas de Muge, Agolada, Salgueirinha, Lavre e Vidigal, e a reabilitação das restantes estações. Está prevista ainda a intervenção em 17 quilómetros de plataforma, trabalhos de terraplanagem, drenagem e reperfilamento de taludes, execução de passagens hidráulicas, manutenção de pontões metálicos, encerramento de seis passagens de nível e construção de quatro passagens superiores rodoviárias, além da automatização de nove passagens de nível. Também serão implementadas infraestruturas de sinalização e telecomunicações, adaptadas as instalações fixas de tração elétrica, realizados trabalhos em edifícios e salas técnicas, e instaladas torres GSM-R.
A Linha de Vendas Novas desempenha um papel central no transporte de mercadorias, evitando que os comboios tenham de atravessar a área metropolitana de Lisboa, onde se registam limitações de carga na Ponte 25 de Abril e saturação na Linha de Cintura e na Linha do Norte. Este eixo ferroviário é, assim, estratégico para o transporte de carga no sentido Norte–Sul, garantindo maior fluidez e eficiência no tráfego de mercadorias.
Foto: IP – Infraestruturas de Portugal
