Recheado de funcionalidades, o novo Huawei MatePad encontra no ecrã o seu ponto forte.
No passado dia 20 de setembro, a Huawei realizou um evento em Barcelona que serviu para apresentar alguns novos produtos, e entre esses produtos foi revelado o novo MatePad 12 X PaperMatte Edtion, um tablet topo de gama que foi pensado para uma geração mais jovem.
Com o MatePad 12 X, a Huawei apresentar-se pronta atacar a posição dominante da Apple e do seu popular iPad. E começando pelo seu grande destaque, este novo tablet da Huawei não só surpreende pelo seu ecrã PaperMatte Edition, que é brilhante e sedoso, como também pelas suas diversas funcionalidades impressionantes e longa autonomia.
O MatePad 12 X é realmente muito interessante, apresentado um design exclusivo com uma parte traseira de textura semelhante à de seda, que faz lembrar um pouco o toque em papel, mas surpreendentemente não tão aderente. Já o ecrã PaperMatte também não é muito diferente na entrega de uma sensação agradável, oferecendo uma experiência que evita a maioria dos reflexos devido à sua textura e ostentando uma moldura completamente simétrica.
Ainda a nível de design, a estrutura fina do MatePad 12 X é confortável de segurar graças às suas bordas arredondadas. O tablet tem apenas 5,9 mm de espessura e pesa uns leves 555 gramas, o que o torna agradavelmente confortável e fácil de manusear. Apesar do ecrã atingir as 12 polegadas, o MatePad 12 X é agradavelmente prático, mesmo com os seus 270 mm de largura e 183 mm de altura. Já na traseira, encontramos as suas duas câmaras dispostas num modulo oval. De um modo geral, o MatePad 12 X tem uma apresentação extremamente elegante e de alta qualidade, com destaque para alguns acabamentos em dourado, principalmente graças aos seus ótimos acabamentos e à sua excelente qualidade de construção.
De notar, que o do MatePad 12 X é ainda vendido com um cabo USB-C e com o seu teclado Glide de alta qualidade, que transforma esta solução da Huawei num pequeno computador portátil, logo assim que o tiramos da caixa. Com o teclado Glide funciona também como uma excelente capa para o MatePad 12 X, que dá um contraste elegante e de alta qualidade ao tablet no geral, com o seu design branco. Quando fechada, a capa aumenta a espessura da combinação para sensivelmente 13 mm e o peso sensivelmente 1 Kg, ainda assim mantendo este combo relativamente leve.
A parte de trás da capa possui uma dobradiça de alta qualidade. O tablet é preso magneticamente à parte superior, mas na minha experiência eu gostaria que os ímanes segurassem o dispositivo um pouco mais de firmeza e segurança. O tablet pode ser instalado no teclado num ângulo em duas posições diferentes. Uma diretamente acima do teclado e outra um pouco mais inclinada. Ambas as posições são muito confortáveis para usar e trabalhar. Já a qualidade das teclas também foi completamente convincente durante os meus testes. A distancia de deslocamento entre as teclas individuais e a sua resposta ao toque são excelentes, e claro, é um teclado um pouco comprimido devido à pequena quantidade de espaço disponível, assim, algumas das teclas podem ser pequenas demais para quem tem dedos mais grossos, mas ainda assim mesmo escrevendo textos mais longos, estes podem ser digitados confortavelmente. Contudo, é realmente apenas uma capa de teclado, uma vez que é possível dobrar a capa completamente para trás para colocar o teclado e o tablet planos sobre a mesa.
Um dos principais aspetos de destaque do Huawei MatePad 12 X, como já mencionei em cima, é o seu ecrã. O tablet utiliza um painel LCD inovador que funciona de forma mais eficiente do que outros ecrãs convencionais. Este ecrã atinge um pico de brilho de 1.000 nits, proporcionando ótima clareza e tons vibrantes, e complementa-se com uma resolução de 2,8K de 2.800 x 1.840 pixeis. A relação entre a resolução e as suas 12 polegadas, apresentam uma imagem clara uma ótima área de trabalho particularmente útil para escrever, desenhar ou esboçar. O ecrã revela todo o seu potencial especialmente com conteúdo HDR, impressionando com cores ricas, excelentes contrastes e uma precisão de cores P3 (16,7 milhões de cores).
O ecrã também utiliza, como já mencionado, o revestimento PaperMatte, que não só tem uma estrutura parecida com papel, mas também é projetado para eliminar completamente os reflexos. Pude realmente confirmar isso durante os testes, que mesmo sob iluminação direta e de um ângulo agudo, praticamente nada é refletido, que é excelente para uma utilização em qualquer cenário, independentemente da iluminação ambiente.
No que toca ao áudio, o tablet conta com 6 altifalantes suportados pelo Huawei Sound, que podem ser encontrados nas laterais. Estes altifalantes alcançam um excelente volume máximo e um som muito bom e completo. Eles fornecem um som detalhado e agradavelmente quente, especialmente nos agudos e médios. A reprodução de graves é boa, de modo que filmes e séries neste tablet apresentam uma ótima reprodução sonora e agradáveis de assistir.
Como sempre, a Huawei não fornece muitas informações sobre o processador instalado nos seus dispositivos. Mas sabemos que o Kirin T90A está no coração deste MatePad 12 X, que se equipara aproximadamente ao Qualcomm Snapdragon 7 Gen 1 em termos de desempenho. Segundo o Geekbench 6, o Kirin T90A conta com 10 núcleos de computação em 2 clusters com uma velocidade de relógio de até 2,25 GHZ. Esse chip é suportado por 12 GB de RAM e 256 GB de armazenamento interno. Essa combinação é suficiente para multi tarefas e jogos desde que não sejam muito exigentes. Pelo menos o desempenho diário no nível do sistema também está num nível excelente. No entanto, durante os jogos mais exigentes notamos que ele tende a soluçar, especialmente naqueles jogos com gráficos mais intensivos.
Mas de um modo geral, o desempenho deste MatePad 12 X parece estar um pouco acima do modelo S de 11,5″. No entanto, tablets modernos da Qualcomm ou chips da Apple oferecem um desempenho superior. Já o resto, no que toca a recursos está num nível decente, já que temos Wi-Fi 6 e Bluetooth 5.2 BLE. Não são os padrões mais recentes, mas ainda são absolutamente suficientes, especialmente porque as velocidades WLAN realizadas são muito boas.
A Huawei equipou este MatePad 12 X com uma bateria de 10.100 mAh, e graças ao seu suporte para o carregamento de 66 watts, a bateria pode ser totalmente carregada em pouco mais de 105 minutos. No entanto, o tablet é extremamente eficiente e atinge uma excelente autonomia, com mais de 14 horas de ecrã a assistir conteúdo multimédia.
Os tablets nunca foram muito conhecidos por oferecer excelentes câmaras, e neste Huawei MatePad 12 X não é diferente. Os seus 3 sensores oferecem qualidade de imagem decente, mas as fotografias obtidas não são realmente convincentes se comparado a fotos tiradas a um qualquer smartphone de gama média. As imagens estão visivelmente carentes de detalhes e nitidez, no entanto, a qualidade da imagem ainda é boa para um tablet. Assim, temos um sensor principal de 13MP com abertura f/1.8 com AD e uma lente grande angular com 8MP na traseira. Essas lentes são acompanhadas por um flash LED. A gravação de vídeo apresenta a mesma qualidade das fotografias, ou seja, ainda carente de alguns detalhes e nitidez.
Para vídeochamadas, a situação muda ligeiramente de figura, já que o tablet oferece uma excelente qualidade.
Do lado do software, o O Huawei MatePad 12 X sai de fábrica com o HarmonyOS 4 já instalado, que em combinação com o hardware poderoso, faz uma bela figura e pontua com desempenho diário convincente. O que eu não gosto é a extensão em que o fabricante abarrotou a sua interface com bloatware. Quase toda a segunda página da interface é preenchida com recomendações de aplicações de terceiros. Elas podem ser excluídas, mas leva o seu tempo.
Como é típico da Huawei, terá que se contentar sem os serviços da Google, aplicações e a Play Store. Isso significa: não há Gmail, não há YouTube, entre outros serviços da Google. E embora existam algumas aplicações na sua própria loja já instalada, a AppGallery, a maioria das aplicações do dia-a-dia não estão disponíveis. Isso dá a um tablet com um valor de cerca de 650€ um gosto residual bastante insosso.
Se isso realmente incomoda um futuro utilizador, pode sempre recorrer aplicações que exigem serviços da Google de forma indireta. No entanto, isso não funciona com todas as aplicações, mas alguns dos programas mais importantes podem ser utilizados. Claro, a aplicação GoPaint merece grandes elogios, já que ela oferece uma série de pincéis, estilos artísticos e muito mais à sua disposição com os quais pode dar rédea solta à sua criatividade. É até possível criar os seus próprios pincéis e personalizá-los até ao mais pequeno detalhe. Para ficarem a saber mais sobre a aplicação, podem encontrar mais informações no site da Huawei.
A Huawei fez um excelente trabalho com o MatePad 12 X PaperMatte Edition
Com o Huawei MatePad 12 X, a fabricante entrega mais uma vez um tablet excecional. Não é apenas o seu ecrã PaperMatte que impressiona com as suas ótimas cores e textura semelhante a papel. Mas, o seu design exclusivo e o excelente acabamento também são uma excelente adição ao MatePad. O tablet combina tudo isso com altifalantes de bom som, uma autonomia convincente e uma capa de teclado realmente forte para usar o dispositivo como um substituto de um computador portátil.
O desempenho diário também não oferece motivos para críticas, embora o desempenho gráfico seja visivelmente inferior ao esperado. No entanto, o maior problema para mim pessoalmente continua a ser a falta dos serviços Google, mesmo que isso possa ser contornado de forma indireta. Como tal, tem que se perguntar a questão do preço e quão importantes são as aplicações da Google para si.
Este equipamento foi cedido para análise pela Huawei.