Richard Yu destacou a segurança, ecossistema e a inteligência artificial do HarmonyOS como trunfos da nova versão do sistema operativo da marca chinesa.
A Huawei continua a aprofundar a sua aposta estratégica no HarmonyOS, um sistema operativo concebido internamente como resposta direta à dependência do Android. À margem de uma apresentação recente, Richard Yu, presidente do Huawei Consumer Business Group, procurou sublinhar aquilo que considera serem as vantagens do HarmonyOS face aos principais rivais, o Android e o iOS.
De acordo com Yu, a nova versão — denominada HarmonyOS NEXT — representa um salto qualitativo assinalável, sobretudo em três frentes: segurança, ecossistema e inteligência artificial. No campo da segurança, o responsável destaca a implementação da arquitetura Star Shield Security, um modelo que limita o acesso das aplicações aos dados sensíveis dos utilizadores a momentos estritamente necessários, revertendo imediatamente as permissões após a sua utilização. Essa abordagem, segundo o responsável, reduz de forma drástica os riscos de fraudes por chamadas ou mensagens maliciosas.
No que respeita ao ecossistema, a Huawei aposta numa integração total entre diferentes categorias de dispositivos — desde smartphones e tablets a computadores, automóveis e aparelhos IoT —, garantindo uma experiência unificada e contínua. O objetivo declarado passa por oferecer aos utilizadores uma plataforma comum, capaz de assegurar a interoperabilidade em todos os contextos do quotidiano digital.
Já no domínio da inteligência artificial, Richard Yu apontou como exemplo a assistente Celia, cuja capacidade de antecipação e personalização terá sido reforçada. A empresa afirma que a assistente consegue adaptar-se a mais de uma dezena de cenários, fornecendo sugestões relevantes e aprendendo com os hábitos dos utilizadores. Para além disso, o HarmonyOS NEXT conta com várias funcionalidades inteligentes que visam não apenas melhorar a experiência de utilização, mas também reforçar as garantias de privacidade e proteção de dados.
Embora reste ainda perceber até que ponto o HarmonyOS poderá conquistar uma fatia relevante do mercado fora da China, a Huawei parece determinada em apresentar-se como uma alternativa viável — e, segundo as palavras do responsável máximo — aos gigantes estabelecidos do sector.