Google Pixel 9 – Análise

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O equipamento que dá nome à nova série de smartphones da Google não dececiona.

Depois de termos publicado as nossas análises dos Pixel 9 Pro XL e do Pixel 9 Pro, ficava a faltar a review do terceiro equipamento que o gigante das pesquisas disponibilizou este ano no mercado nacional, o Google Pixel 9. E como pode ter percebido pelo titulo deste artigo, esta a oportunidade de ficar a conhecer este novo equipamento… que de um modo geral não é muito diferente do Pixel 9 Pro.

Com este Google Pixel 9 o gigante das pesquisas parece ter feito um iPhone com Android, dadas as suas linhas que torna o seu design muito semelhante. Contudo, a empresa não quer “roubar” utilizadores a OEMs Android, como Samsung, Xiaomi, OPPO e muitas outras, mas sim à Apple. Aumentar a base de utilizadores do Android parece ser a estratégia da empresa, e este equipamento tem boas possibilidades de obter sucesso nesse objetivo.

Este ano, a empresa fez uma mudança de design um tanto significativa em toda a linha Google Pixel 9, mudando para uma abordagem de laterais planas juntamente com uma barra de câmara também ela plana. Essas mudanças faz com que ele se pareça muito com o iPhone, mas ao mesmo tempo o mantém com o ADN Pixel, e essa aparenta ser uma jogada genial por parte da Google. Este Pixel 9 é um telefone fantástico, e admito que adorei utiliza-lo.

Google Pixel 9

Vamos começar por falar do ecrã deste Google Pixel 9, que está garantidamente entre os melhores ecrãs já utilizados num smartphone, já que oferece uma ótima aparência com brilho muito elevado sem destruir as suas cores. Já vimos telefones com cores realmente mais brilhantes, mas em alguns momentos eles tendem a arruinar as cores, algo que aqui nunca acontece.

No ano passado, a Google lançou os seus ecrãs Actua e Super Actua, que é essencialmente termos de marketing para estes novos ecrãs que ficam muito brilhantes, mas eles são muito mais do que brilho. Esses ecrãs são absolutamente lindos, e é uma das principais razões pelas quais utilizo o Pixel 8 Pro desde o seu lançamento, e provavelmente farei o mesmo este ano (mas com o Pixel 9 Pro).

As cores são naturais e em momento algum supersaturadas, embora possa querer um pouco mais de saturação, e para isso pode alternar para a opção Vivid. Infelizmente, diferente de outros telefones, a Google não nos permite ajustar a temperatura do ecrã, bem como o seu contraste, etc. No mundo real, este ecrã é muito brilhante e isso significa que não tive qualquer problema em utiliza-lo ao ar livre sob luz solar direta. Podemos ver facilmente tudo o que se passa no ecrã e, melhor ainda, ele não aquece tanto como na série Pixel 8, quando estamos ao ar livre.

Google Pixel 9

Se no ecrã ficamos totalmente satisfeitos, o mesmo se passa com o seu desempenho. A Google agora utiliza os seus próprios processadores, os Tensor, que ficaram muito conhecidos por aquecer em demasia. No entanto, este novo smartphone chega com um novo processador, o Tensor G4, e que os nossos testes mostraram que a Google conseguiu resolver definitivamente esse problema.

E se o Tensor G4 já é uma boa novidade para o desempenho, fique a saber que este Google Pixel 9 chega com 12GB de RAM, contra os 8GB de RAM do seu antecessor. Este aumento da memória RAM é justificado pela necessidade para utilização da Inteligência Artificial, e que se diga de passagem, é uma melhoria muito bem-vinda. E o que se pode dizer sobre esse conjunto? O que era de esperar para um equipamento topo de gama. Tudo super fluido, nada de angasgos, lag ou qualquer tipo de problema. Mesmo nos recursos baseados em inteligência artificial tudo é muito rápido, e não notei qualquer quebra se comparado com o Google Pixel 9 Pro, que conta com 16GB de RAM.

Resumindo: toda e qualquer aplicação que executar neste equipamento, não terá qualquer dificuldade ou lentidão… como era suposto num topo de gama.

Outro ponto problemático nos equipamentos Google Pixel, e que está associado à tecnologia Tensor, tem sido a autonomia, pelo menos nos seus lançamentos. Isto porque, de um modo geral, depois de algumas atualizações a Google descobre essas falhas e resolve-as. Mas este ano não terá que o fazer, muito porque o equipamento vê a luz do dia com o Android 14, e esse tipo de problema poderá surgir com a chegada do Android 15, que de momento não sabemos quando acontecerá.

Este é o segundo, de três, smartphones da série Google Pixel 9 que tive a oportunidade de analisar, e posso dizer que a autonomia é muito semelhante à do modelo Pro. Com o Pixel 9, normalmente o tirava-o do carregador por volta das 7 da manhã e utiliza-o durante o dia todo como sendo meu telefone pessoal, e só o voltava a colocar à carga por volta das 23h. Isso é um dia de pelo menos 16 horas, geralmente com entre 5 e 6 horas de tempo de ecrã. E quando o colocava para carregar, o Google Pixel 9 tinha quase sempre em torno de 30~35% de bateria. Ou seja, estamos a falar de uma excelente autonomia, não é o melhor que já testei, mas está definitivamente entre os melhores.

O calcanhar de Aquiles é o seu carregamento. Ainda assim a Google aumentou a sua velocidade de carregamento para 27W, mas tenha em mente que a velocidade máxima de carregamento não será utilizada durante todo o carregamento. Normalmente, ele carrega a 23-25 ​​W até atingir os 80% de carga, para depois começava a diminuir, como todas as fabricantes tendem a fazer. Estamos a falar de uma bateria com 4700 mAh, então não é rápido de carregar. Felizmente, a duração da bateria é muito boa, então eu realmente só precisei de carregá-la durante a noite e, desde que esteja cheia quando acordar, a velocidade de carregamento disponibilizada parece-me mais do que suficiente… alem disso, confesso que não sou o maior fãs dos carregamento muito rápidos, já que ainda desconfio muito dessa tecnologia.

Android 14

Vamos agora por alguns instantes deixar de falar no hardware e focar-nos no software. O Google Pixel 9 foi lançado com o Android 14 e tem a promessa de que receberá 7 anos de atualizações, ou seja, será atualizado até agosto de 2031. Alguns estão a reclamar porque o Pixel 9 foi lançado com o Android 14, o que significa que ele não receberá os 7 anos completos de atualizações, já que o Android 15 será a primeira grande atualização. Mas sejamos realistas, quantos de nós ainda teremos um Pixel 9 a funcionar em 2031?

Em segundo lugar, eu realmente acho que o lançamento com o Android 14 foi uma boa jogada por parte da Google. Normalmente, o Pixel é lançado com uma tonelada de bugs. Nunca me vou esquecer da quantidade de bugs que chegou com o Pixel 7 quando ele foi lançado. Com a série Pixel 9, quase não vi bugs. Isso não quer dizer que ele esteja livre dos mesmos, mas é muito mais estável do que os lançamentos anteriores. Isso deve-se ao fato de que a Google teve um ano a melhorar o Android 14, então ele está agora mais estável do que nunca.

Claro, o Android 14 é apenas parte da história do software do Google Pixel 9. Nos últimos anos, cada versão do Android teve cada vez menos atualizações – pelo menos para os utilizadores finais. Com a maioria dos novos recursos a chegar com os Feature Drops, com o Pixel 9, muitos dos novos recursos vêm do Gemini. O primeiro é o Gemini Live, um recurso que foi anunciado no passado mês de maio durante a realização do Google I/O. Basicamente, pode ter uma conversa com o Gemini, incluindo interrompê-lo, adicionar perguntas, etc. O Gemini Live tem vozes que parecem reais, e chega até a ser um pouco assustador, uma vez que soa a incrivelmente natural.

Depois, temos os seus muitos recursos baseados em Inteligência Artificial que já falamos amplamente nas nossas outras análises, e que funcionam muito bem. Ou seja, o software está realmente estável este ano, pelo menos na minha experiência. E essa é uma mudança refrescante em relação aos últimos anos com os Pixel.

Pixel 9 4

Eu sei, está curioso para perceber como se comporta do Google Pixel 9 na fotografia. Então fique já a saber que a principal diferença entre ele e o modelo Pro é a ausência de uma câmara telefoto. Em vez disso, o Pixel 9 tem um sensor primário de 50 megapixeis e um sensor ultra grande angular de 48 megapixeis (com Macro Focus). Ele também ostenta LDAF de zona única em vez de LDAF de várias zonas, que é como os modelos Pro. Às vezes, pode notar uma diferença nas velocidades de foco, embora isso só seja realmente percetível se estiver a utilizar o Pixel 9 e o 9 Pro lado a lado. Caso contrário, obtém a maioria dos mesmos recursos de câmara do Pixel 9 Pro, exceto por Pro Controls, High Res e Zoom Enhance. Mas os recursos brilhantes como o novo recurso “Adicione-me” estão presentes.

O novo recurso Reimagine do Magic Editor surpreende, uma vez que também está presente neste equipamento. Nem sempre é perfeito, e há muitas formas de saber que estamos perante uma imagem que foi editada com IA. Mas é uma ferramenta divertida de utilizar.

A experiência com a câmara é praticamente o que esperaria de uma câmara Pixel. Fotos excelentes em praticamente qualquer situação e a provar isso temos o teste dos especialistas do DxoMark, que o colocam como a 7ª melhor câmara alguma vez colocada num smartphone, na mesma posição dos iPhone 15 Pro Max e iPhone 15 Pro. E isso só por si demonstra a qualidade fotográfica deste equipamento, que com apenas 2 sensores consegue obter os mesmos resultados dos telefones topos de gama da Apple, com 3 sensores.

Pixel 9 8

O Google Pixel 9 consegue com 2 sensores fazer melhor que o topo de gama da Apple com 3 sensores

No final o que achei deste telefone? A par do modelo Pro, o mais equilibrado dos telefones Android que alguma vez utilizei. Design brilhante, ecrã brutal, desempenho digno de um topo de gama e secção fotográfica do melhor que o mercado tem para oferecer, o que mais é preciso? Penso que nada. Mas se juntarmos a isso um sistema operativo super estável, com “milhentos” recursos baseados em Inteligência Artificial e promessa de 7 anos de atualizações… estamos perante o que de melhor temos no universo Android.

Atualmente a Google está a vender o mesmo com preços a começar nos 919 euros, e nas cores Peónia, Verde Fresco, Porcelana e Obsidiana. E como pode ter percebido pela nossa análise, o mesmo é por nós altamente recomendado.

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Esta análise foi possível com uma unidade cedida pela Google.

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