O departamento de tecnologias de realidade virtual e aumentada da Google fica mais forte, com a inclusão de alguns engenheiros da HTC VIVE.
A Google voltou a apostar no setor de realidade estendida (XR), uma área das tecnologias de realidade virtual, que combina diferentes formatos de interação, como a realidade aumentada (AR), realidade mista (MR) e a própria realidade virtual (VR). Após o lançamento do Android XR e dos anúncios sobre um futuro dispositivo em colaboração com a Samsung, agora, a Google tenta solidificar o seu futuro no setor, ao adquirir uma parte significativa da divisão de realidade virtual da HTC, conhecida por HTC VIVE, por 250 milhões de dólares.
“Investimos em XR há mais de uma década e, no mês passado, apresentámos a plataforma Android XR em parceria com os nossos parceiros estratégicos da indústria. Hoje assinámos um acordo para integrar parte da equipa de engenharia da HTC VIVE na Google, sujeito às condições habituais de conclusão. Trata-se de uma equipa técnica incrivelmente forte, com um histórico comprovado no espaço da realidade virtual, e estamos entusiasmados por trabalhar com eles para acelerar o desenvolvimento da plataforma Android XR no ecossistema de headsets e óculos.” Pode ler-se no comunicado oficial.
De acordo com o comunicado, este acordo inclui a transferência de alguns engenheiros da equipa HTC Vive para a Google, bem como a recuperação de direitos de propriedade intelectual não exclusivos. No entanto, a HTC manterá o uso das suas patentes e a capacidade de continuar a desenvolver tecnologias baseadas nas mesmas.
Esta transação marca a segunda vez que a Google adquire ativos da HTC, sendo que a primeira ocorreu em 2017, quando a empresa comprou a unidade de smartphones por 1,1 mil milhões de dólares. De acordo com a Google, a aquisição tem como objetivo fortalecer os esforços da empresa no desenvolvimento do Android XR e das suas próprias soluções de realidade estendida, em linha com o que concorrentes como a Apple têm feito com o Apple Vision Pro.
Apesar das dificuldades enfrentadas pelo mercado de realidade estendida, que muitos consideram que não tem futuro, os principais agentes do setor, como a Google, Apple, Facebooke Amazon, parecem continuar a apostar neste nele, acreditando no seu potencial a longo prazo.
