Festival Língua Terra regressa a Setúbal com programação dedicada à diversidade da lusofonia

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Artistas do Brasil, Cabo Verde e Guiné-Bissau juntam-se ao Língua Terra para celebrar a riqueza da língua portuguesa, com destaque para a homenagem a José Carlos Schwarz.

Setúbal volta a acolher o Festival Língua Terra nos dias 5 e 6 de junho, com sessões marcadas para as 21h, no Fórum Municipal Luísa Todi. A iniciativa, que atinge a sua quinta edição, reforça a vocação da cidade enquanto espaço de encontro entre culturas que partilham a língua portuguesa, e apresenta uma programação que cruza diferentes geografias e gerações.

A edição de 2025 afirma-se como um ponto de convergência entre África, América Latina e Europa, reunindo em palco artistas oriundos do Brasil, de Cabo Verde e da Guiné-Bissau. A proposta curatorial mantém o foco na criação de redes de colaboração artística, acolhendo músicos cuja obra reflete as múltiplas expressões da lusofonia contemporânea.

Entre os nomes já confirmados para o Língua Terra destacam-se Melly, cantora brasileira proveniente de Salvador da Bahia e reconhecida pela abordagem singular no panorama da música independente, e Eu.Clides, artista cabo-verdiano radicado em Portugal, cuja trajetória se tem afirmado pela experimentação sonora e pela escrita introspetiva.

Um dos momentos centrais desta edição será a evocação da figura de José Carlos Schwarz, poeta e músico da Guiné-Bissau, cuja obra se tornou emblemática da resistência cultural durante o processo de luta pela independência do país. O tributo contará com direção musical de Manecas Costa e com a participação de Karyna Gomes e de Remna Schwarz, filho do homenageado.

O Festival Língua Terra nasceu com o objetivo de fomentar o intercâmbio entre criadores de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal. Ao longo dos anos, consolidou-se como espaço de diálogo artístico e político, promovendo colaborações que têm na música o seu eixo principal, mas que se estendem também à literatura, ao cinema e às artes visuais.

Em edições anteriores, o evento recebeu nomes como Bonga, Paulo Flores, Elida Almeida, Adriana Calcanhotto e Salvador Sobral, assim como iniciativas interdisciplinares, entre as quais a peça Chovem Amores na Rua do Matador, de Mia Couto e José Eduardo Agualusa, ou o encontro Conversas entre Kotas, com Bonga, Betinho Feijó e Pedro Coquenão (Batida).

Foto: CM Setúbal

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