As notícias falsas têm sido uma ferramenta direcionada para benefícios políticos e económicos, e o Facebook tem acompanhado a sua transformação para novos modelos na internet.
Mas as notícias falsas são prejudiciais para as pessoas e para aquela rede social, sabendo-se agora que os responsáveis estão a realizar investimentos significativos para impedir a disseminação, para promover o jornalismo de qualidade e melhorar o conteúdo das notícias.
A estratégia do Facebook para impedir a publicação de informações falsas na rede social conta com três etapas:
- Remover contas e conteúdos que violem os Padrões de Comunidade ou as Políticas de Anúncios;
- Reduzir a distribuição de notícias falsas e conteúdos fraudulentos, como caça-cliques.;
- Informar as pessoas ao facultar mais contexto para as publicações que estão a ser visualizadas.
Essa abordagem elimina os agentes nocivos que costumam disseminar histórias falsas. Reduz significativamente o alcance dessas histórias e ajuda as pessoas a manterem-se bem informadas sem deixar de lado o discurso público.
Remover contas e conteúdos que violam as políticas do Facebook
Apesar de as notícias falsas não violarem os Padrões de Comunidade do Facebook, muitos de seus autores violam as políticas em outras categorias, como spam, discurso de ódio ou uso de identidade falsa.
Por isso, os esforços do Facebook mais abrangentes para detetar e eliminar contas falsas são tão importantes. Se o Facebook encontrar uma Página que falsamente alega ser administrada por americanos, mas que está a ser operada na Macedónia, isso viola a exigência de que as pessoas utilizem as suas verdadeiras identidades e não finjam ser outras pessoas. Portanto, o Facebook exclui a Página completa para remover imediatamente todas as publicações potencialmente falsas.
No ano passado, o Facebook aprendeu mais sobre como pessoas mal-intencionadas trabalham juntas para disseminar informações falsas. Com base nesses conhecimentos, foi criada uma nova política para atividades suspeitas coordenadas. O Facebook também está a aplicar machine learning para ajudar as suas equipas a detetarem fraudes e aplicarem as suas políticas contra spam. O Facebook já está a bloquear milhões de contas falsas por dia quando se tentam registrar.
Reduzir a veiculação de notícias falsas e conteúdos fraudulentos
Muitas das informações falsas publicadas no Facebook têm motivações financeiras, como os spams de email da década da 90. Se os spammers conseguirem fazer com que muitas pessoas cliquem em histórias falsas e visitem os seus sites, irão ganhar dinheiro com os anúncios exibidos. Ao fazer com que esses movimentos não se tornem lucrativos, o Facebook bloqueia os seus incentivos para disseminar notícias falsas na rede social.
Portanto, estão a descobrir as táticas comuns dos spammers e a reduzir a distribuição desse género de histórias no Feed de Notícias. O Facebook começa a penalizar caça-cliques, links frequentemente partilhados por spammers e links para páginas de baixa qualidade, também conhecidos como ad farms.
O Facebook também está a remover Páginas e sites incompletos que costumam partilhar notícias falsas, com o objetivo de reduzir o alcance dos seus Feeds de Notícias. E, como o Facebook não pretende ganhar dinheiro com informações falsas nem ajudar os seus responsáveis a lucrar, esses publishers não têm permissão para veicular anúncios ou utilizar os recursos de monetização, tais como o Instant Articles.
Outra componente da estratégia do Facebook em alguns países é a parceria com verificadores de factos independentes para analisar e classificar a precisão dos artigos e publicações na rede social. Os verificadores de factos são independentes e certificados pela International Fact-Checking Network, uma entidade imparcial. Quando essas organizações classificam algo como falso, o Facebook atribui uma classificação baixa a essas histórias no Feed de Notícias. Em média, isso reduz em mais de 80% as visualizações de conteúdos falsos. O Facebook também utiliza as informações dos verificadores de factos para otimizar a sua tecnologia e agilizar a identificação de potenciais notícias falsas no futuro. A equipa do Facebook espera levar esse programa a mais países ainda este ano.
Informar a comunidade facultando mais contexto
Mesmo com todas estas etapas, o Facebook sabe que ainda encontrará conteúdos fraudulentos na rede social e na Internet, em geral. Para ajudar as pessoas a tomarem decisões informadas sobre o que ler, confiar e partilhar, o Facebook está a investir na qualidade das notícias e a criar produtos que disponibilizem mais informações às pessoas diretamente no Feed de Notícias.
Por exemplo, recentemente, implementou um recurso para facultar mais informações sobre os publishers e os artigos que os seus utilizadores vêm, como a entrada do publisher na Wikipédia. Outro recurso, conhecido como Related Articles, mostra artigos de verificadores de factos independentes imediatamente abaixo de uma história sobre o mesmo assunto. Se um verificador de factos tiver classificado uma história como falsa, o Facebook informará que existem outros artigos sobre o assunto à pessoa que deseja partilhar a história. Também notificará as pessoas que já partilharam a história no Facebook. No ano passado, o Facebook criou uma ferramenta educativa que disponibiliza dicas para identificar notícias falsas e fez uma doação à News Integrity Initiative para investir em estratégias de longo prazo para melhorar a qualidade das notícias.
Olhar para o futuro
Mesmo com todos os seus esforços para combater a publicação de informações fraudulentas, o Facebook sabe que as pessoas mal-intencionadas continuarão a tentar enganar. É necessário estar à frente dessas pessoas e o Facebook não consegue fazê-lo sozinho. O Facebook está a trabalhar com a sua equipa de pesquisa de Inteligência Artificial, e a aprender com académicos, a aumentar as suas parcerias com verificadores de factos independentes e a contactar com outras organizações, inclusivamente com outras plataformas, para encontrar uma forma de trabalhar em conjunto.