Inteligência Artificial Generativa está no centro de uma discussão que poderá não ter bons resultados para a Microsoft.
A Comissão Europeia está de olho no Bing, uma ferramenta da Microsoft, e ameaça mesmo com sanções financeiras por esta não responder aos seus pedidos de informação sobre os potenciais riscos de desinformação associado às diversas funções baseadas em Inteligência Artificial que estão incluídos no seu motor de pesquisa.
A poucas semanas das eleições europeias, a Comissão Europeia está a exercer pressão sobre as principais plataformas digitais para limitar os riscos de manipulação de opinião. No passado dia 14 de março, o executivo europeu pediu explicações à Microsoft sobre os riscos induzidos pelas funções de Inteligência Artificial Generativa do Bing, em particular o “Copilot in Bing” e o “Image Creator by Designer”. Mas, até ao momento, ainda não obteve todas as informações solicitadas.
Estas IA são particularmente suspeitas de espalhar respostas falsas às perguntas dos utilizadores, bem como fotos, vídeos ou sons gerados ou modificados artificialmente, mas que têm a aparência de algo real (deepfakes). A Comissão teme que a distribuição viral de tal conteúdo possa induzir os eleitores em erro e constituir uma violação do Regulamento dos Serviços Digitais (DSA), que entrou em vigor no ano passado.
Agora, a Comissão ordenou que a Microsoft terá de fornecer as informações solicitadas no âmbito da DSA, que exige que plataformas digitais de muito grande dimensão, como o Bing, avaliem os riscos associados aos seus serviços e adotem medidas de mitigação. A empresa tem agora até ao próximo dia 27 de maio para fornecer todas as informações solicitadas.
Inteligência Artificial Generativa do Bing parece ser uma preocupação
Se o Bing não responder a tempo, a União Europeia poderá impor multas que vão até 1% do seu volume de negócios global e penalidades de até 5% do seu volume de negócios global diário.
