Europa acusa Microsoft de posição dominante por causa do Teams

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Os esforços da Microsoft não parecem suficientes para agradar aos reguladores europeus.

A Comissão Europeia não parece disposta a baixar a guarda. Depois de ter acusado a Apple de violar as regras do DMA com a sua App Store, agora é a vez da Microsoft estar a ser acusada de violar as regras da concorrência ao ligar a sua popular ferramenta, o Microsoft Teams, à sua suite de escritório, o Microsoft 365. Depois de promessas não cumpridas da Microsoft de resolver essa situação, a Comissão decidiu atuar.

No passado dia 1 de abril, a Microsoft revelou ter desagregado globalmente o Teams das suas suites, Office 365 e Microsoft 365, que também incluem PowerPoint e Outlook. Esta separação já estava implementada na Europa desde o passado mês de outubro. A empresa americana tinha sublinhado que os seus clientes poderiam agora adquirir estas suites sem o Teams, e a um preço inferior. Este compromisso seguiu-se à abertura de uma investigação sobre abuso de posição dominante pela Comissão Europeia.

“Depois que o processo foi iniciado, a Microsoft mudou a forma como distribui o Teams. Em particular, começou a oferecer certas suítes sem o Teams”, revelou a Comissão Europeia. Mas “considera, a título preliminar, que estas mudanças são insuficientes para responder às suas preocupações e que é necessário modificar ainda mais o comportamento da Microsoft para restaurar a concorrência”.

O executivo europeu vê um problema nas ofertas às empresas na forma de serviço ondemand (Software as a service, SaaS), graças à nuvem. A Comissão “está preocupada com o facto de, pelo menos desde abril de 2019, a Microsoft ter ligado o Teams às suas principais aplicações SaaS, restringindo assim a concorrência”. A Comissão também acredita que esse problema “pode ter sido agravado pelas limitações de interoperabilidade” entre os concorrentes do Teams e outros softwares da Microsoft. “A Microsoft tem agora a oportunidade de responder às nossas preocupações”, sublinhou a Comissária da Concorrência, Margrethe Vestager, citada num comunicado de imprensa.

Teams coloca a Microsoft em maus lençóis

A Microsoft prometeu continuar o diálogo com o executivo europeu, na esperança de evitar uma multa elevada. “Tendo desagregado o Teams e dado os primeiros passos de interoperabilidade, apreciamos a clareza adicional fornecida hoje e trabalharemos para encontrar soluções para resolver as preocupações remanescentes da Comissão”, respondeu o presidente da Microsoft, Brad Smith.

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