Ministério das Finanças confirma venda da participação da Lone Star no Novobanco ao grupo francês BPCE.
Esta semana, a Lone Star chegou a acordo com o grupo francês BPCE para a alienação – leia-se venda – da sua participação maioritária de 75% no Novobanco. A transação marca um novo capítulo no percurso da instituição bancária, iniciado com a resolução do BES e a posterior venda ao fundo norte-americano em 2017. A participação remanescente, detida diretamente pelo Estado, será igualmente alienada, acompanhando o processo desencadeado pelo accionista maioritário.
A entrada do grupo BPCE, segundo maior banco francês e uma das principais entidades cooperativas na Europa, representa um passo relevante na consolidação da confiança internacional na economia portuguesa. A decisão do grupo de investir no Novobanco é interpretada pelas autoridades como um sinal claro da atratividade do sistema financeiro nacional, num momento de maior estabilidade do setor bancário.
O Ministério das Finanças sublinha que esta transação contribui para uma maior diversidade na estrutura acionista da banca a operar em Portugal, contrariando potenciais riscos de concentração geográfica excessiva, uma preocupação que o Governo já havia tornado pública. A operação afasta, assim, cenários de concentração bancária considerados potencialmente prejudiciais à concorrência e permite preservar a atual configuração do mercado, evitando processos de reestruturação forçada.
A alienação ocorre num contexto em que o Novobanco procedeu à distribuição de dividendos, o que, aliado ao encaixe da venda agora anunciada, permitirá ao Estado recuperar cerca de dois mil milhões de euros dos fundos públicos injetados na instituição ao longo dos últimos anos.