Câmara de Gaia defende nova proposta para a estação de Alta Velocidade

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A Câmara Municipal de Gaia vê com bons olhos a nova solução para a estação central de Alta Velocidade, que ainda carece de validação.

A Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia considera que a proposta apresentada pelo consórcio responsável pelo projeto de Alta Velocidade reúne condições para ser acolhida, destacando a forma como a nova solução procura minimizar os impactos normalmente associados a este tipo de investimentos. A integração urbana da infraestrutura é apontada como um ponto positivo, permitindo mitigar efeitos sobre a malha urbana e sobre propriedades privadas, dentro dos limites técnicos disponíveis.

A autarquia sublinha a importância estratégica da futura estação central de Alta Velocidade em Gaia, destacando o seu papel enquanto ponto estruturante na rede ferroviária nacional e regional. A localização prevista permitirá a articulação com as linhas Amarela e Rubi do Metro do Porto, sendo que a extensão da linha Rubi até à nova estação deverá ser objeto de coordenação com a Metro do Porto, de forma a garantir uma interligação eficaz entre os diferentes modos de transporte.

Contudo, a Câmara reconhece que as alterações agora apresentadas introduzem diferenças face à proposta inicial submetida a concurso, razão pela qual sublinha a necessidade de validação definitiva por parte das entidades sectoriais competentes, bem como da tutela governamental e da Infraestruturas de Portugal. Esta validação é imprescindível para garantir que os ajustamentos não comprometem os termos do concurso nem os prazos de execução da obra. Até que haja uma decisão formal, a estação de Santo Ovídio mantém-se como alternativa tecnicamente viável.

A proposta em apreciação não invalida a solução inicialmente prevista, oferecendo uma alternativa dentro do corredor definido no concurso internacional promovido pelo Estado. Entre as alterações mais relevantes encontra-se a reformulação da travessia sobre o Douro, que propõe a decomposição do projeto de ponte de dois tabuleiros em duas estruturas autónomas, com o objetivo de reduzir o impacto visual. Esta solução carece, no entanto, de avaliação conjunta com o Município do Porto e as entidades competentes. A eventual alteração da travessia não afeta, segundo a proposta, o modelo de financiamento, que se mantém sob responsabilidade do consórcio.

Adicionalmente, é considerada a possibilidade de adquirir faixas de terreno suplementares, contíguas à linha de Alta Velocidade, em zonas não edificadas. O objetivo será a criação de um parque linear, equipado com ciclovia, formando um eixo verde Norte-Sul que culminaria no parque urbano previsto para a envolvente da nova estação. Esta medida visa mitigar o eventual efeito-barreira da nova infraestrutura sobre o território atravessado, promovendo simultaneamente a continuidade paisagística e funcional.

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