Foi formalizada a ENNO, comunidade energética renovável promovida pela LIPOR, envolvendo 28 entidades e liderando a transição no Norte do país.
Foi esta semana formalizada, em Vila do Conde, a constituição da ENNO – Energias do Norte, uma nova Comunidade de Energia Renovável que congrega entidades públicas e institucionais da região Norte. Trata-se da maior comunidade energética constituída até à data, centrada na produção e partilha de energia gerada a partir da valorização de resíduos, sendo também uma iniciativa inédita no contexto nacional.
A ENNO foi criada ao abrigo do artigo 189.º do Decreto-Lei n.º 15/2022, por iniciativa da LIPOR – entidade intermunicipal de gestão de resíduos urbanos – em colaboração com os seus municípios associados. É composta por 28 entidades fundadoras, incluindo sete dos oito municípios pertencentes à LIPOR (Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde), aos quais se juntam os municípios de Paredes, Santo Tirso e Trofa.
Integram ainda esta comunidade diversas empresas municipais e entidades regionais, entre as quais a Águas e Energia do Porto, a STCP, a Domus Social, a Porto Ambiente, a Matosinhos Sport, a Maiambiente, a Varzim Lazer, a Porto Vivo SRU, a Espaço Municipal e a Matosinhos Habit. O projeto conta também com a participação da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), da Casa da Arquitectura, do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), do Centro Hospitalar Universitário de São João, da Secção Regional Norte da Ordem dos Arquitectos e da Santa Casa da Misericórdia do Porto. A LIPOR é, naturalmente, uma das entidades fundadoras.
A ENNO visa uma gestão mais eficiente da energia renovável obtida através da valorização energética de resíduos, permitindo maior estabilidade tarifária, redução de custos energéticos e adoção de um modelo sustentável de gestão de recursos. Os associados beneficiarão de acesso a energia a preços mais competitivos, com menor exposição à volatilidade do mercado liberalizado, contribuindo de forma direta para os objetivos de neutralidade carbónica e para o combate à pobreza energética.
Nota: imagem meramente ilustrativa
