easyJet equipa frota A320neo e A321neo com FANS-C, tecnologia Airbus que otimiza rotas, melhora pontualidade e reduz emissões de CO₂.
A easyJet completou a instalação do Future Air Navigation System-C (FANS-C), desenvolvido pela Airbus, em 54 aeronaves da família A320neo e A321neo. Este software de navegação, que já vem integrado de série nas novas aeronaves saídas da fábrica, permite uma comunicação mais eficiente entre o cockpit e o controlo de tráfego aéreo (ATC), melhorando a gestão do espaço aéreo e contribuindo para uma maior pontualidade.
O FANS-C partilha, em tempo real, a trajetória prevista da aeronave em quatro dimensões – três espaciais e uma temporal – com os controladores de tráfego. Esta funcionalidade possibilita a definição de rotas mais diretas e fluidas, reduzindo o congestionamento em corredores aéreos de elevada densidade e, consequentemente, o consumo de combustível e os tempos de espera. Desde a sua introdução, em 2019, a companhia já poupou 334 toneladas de combustível e evitou a emissão de 1.052 toneladas de CO₂ equivalente, especialmente no espaço aéreo sob gestão da Maastricht Upper Area Control (MUAC) da Eurocontrol.
Segundo a companhia aérea, estas poupanças deverão aumentar à medida que mais prestadores de serviços de navegação aérea modernizem os seus sistemas terrestres, um requisito que a União Europeia pretende ver implementado até 2028.
O sistema FANS-C funciona de forma automatizada e simplifica as comunicações. Antes do voo em cruzeiro, os pilotos iniciam sessão no software, estabelecendo ligação ao ATC via rádio ou satélite. Em vez de dependerem exclusivamente de comunicações por voz, frequentemente saturadas, podem receber instruções por texto, confirmando-as com um simples toque. Paralelamente, a aeronave envia atualizações automáticas sobre posição, altitude e rota, permitindo ao ATC gerir o tráfego de forma mais previsível e eficiente.
Entre as principais vantagens apontadas estão a redução de comunicações por rádio, a eliminação de mal-entendidos, a melhoria da pontualidade e a fluidez dos voos, aspetos particularmente relevantes num espaço aéreo europeu cada vez mais sobrecarregado.
Foto: Airbus/P. Masclet