Ikea, O Caçador de Árvores. Documentário alega que a marca sueca corta uma árvore a cada dois segundos

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A investigação revelou a ligação entre a IKEA e o abate desenfreado de madeira, expondo práticas que facilitam o tráfico ilegal deste recurso e ameaçam algumas das últimas florestas virgens da Europa.

A IKEA Portugal, pertencente ao Grupo Ingka, entrou no país em 2004 com a abertura da IKEA Alfragide e tem, hoje em dia, cinco lojas no país – Alfragide, Loures, Loulé, Matosinhos e Braga – uma plataforma de venda online, vários Estúdios de Planificação e Encomenda e, ainda, Pontos de Recolha de encomendas em todo o país.

No total, a IKEA Portugal emprega cerca de 3.000 colaboradores e recebe cerca de 13.8 milhões de visitas anualmente nas lojas físicas e cerca de 50 milhões online (website e app). A IKEA, marca de origens suecas, oferece artigos para a casa, bem desenhados, sustentáveis e funcionais, por norma sempre a preços acessíveis. Mas a que custo para o planeta é que esses preços são acessíveis?

É precisamente a essa questão que responde o documentário Ikea, O Caçador de Árvores, disponível na RTP Play, onde se constata uma realidade menos conhecida: a exploração intensiva de madeira e os impactos humanos dessa cadeia de produção. O documentário, de resto, começa logo com uma informação deveras preocupante: a marca sueca – e aqui fala-se a nível global, não apenas no que diz respeito ao território português – devora 20 milhões de metros cúbicos de madeira todos os anos, o que corresponde a uma árvore a cada dois segundos.

Durante mais de um ano, uma investigação acompanhou o percurso da madeira utilizada pela IKEA, desde a origem até ao produto final. Em 2022, a empresa registou receitas superiores a 44,6 mil milhões de euros e atraiu anualmente mais de cinco mil milhões de visitantes às suas lojas e plataformas digitais. No entanto, este crescimento tem um custo ambiental e social significativo.

A exploração florestal, conduzida de forma intensiva em várias partes do mundo, levanta preocupações sobre sustentabilidade e legalidade. Desde as florestas boreais da Suécia às plantações do Brasil e às vastas paisagens da Nova Zelândia, a pressão sobre os ecossistemas naturais é evidente. A investigação revelou a ligação entre a IKEA e o abate desenfreado de madeira, expondo práticas que facilitam o tráfico ilegal deste recurso e ameaçam algumas das últimas florestas virgens da Europa.

Na Polónia e nos países bálticos, onde grandes áreas florestais públicas estão a ser exploradas, cresce a indignação popular. A degradação acelerada da biodiversidade e a redução de espaços naturais protegidos alimentam um debate cada vez mais intenso sobre a gestão ambiental e o futuro dos recursos florestais. O impacto da desflorestação não se limita apenas às paisagens alteradas, mas também afeta comunidades locais e compromete o equilíbrio ecológico a longo prazo.

Se quiserem muito ver o documentário, é melhor que o façam rapidamente, pois não sabemos quando ficará indisponível…

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