Artistas, designers e controlo de qualidade entre os afetados de um corte de pessoal na Don’t Nod, o estúdio responsável por Lost Records.
A equipa da Don’t Nod, o estúdio que recentemente nos trouxe Lost Records e conhecido por criar a série Life is Strange, terá dispensado uma parte considerável da sua equipa, com despedimentos a afetar, sobretudo, funções de controlo de qualidade, artistas e designers de níveis. A informação foi avançada por vários membros da equipa através de publicações nas redes sociais como o LinkedIn, embora o estúdio ainda não tenha confirmado oficialmente os cortes.
Um dos testemunhos mais detalhados foi partilhado por um ex-funcionário do estúdio de Montréal, Laurent Dufresne, Artista Técnico, que referiu que “uma parte significativa” da equipa foi dispensada, descrevendo o momento como mais uma “onda de despedimentos” numa indústria que continua a ser marcada por cortes constantes nos últimos anos. “Depois de três anos, hoje é o meu último dia na Don’t Nod Montréal (…) A omnipresente vaga de despedimentos na nossa indústria acabou por nos apanhar após o lançamento de Bloom and Rage […] Apesar de termos feito o que parecia ser um milagre dadas as circunstâncias, não foi suficiente para manter a equipa unida.”
A dimensão total dos despedimentos na Don’t Nod não é, para já, clara, mas os relatos sugerem que se tratava de uma equipa relativamente pequena, o que torna o impacto ainda mais significativo. Só em 2025, estima-se que mais de 2500 profissionais da indústria dos videojogos tenham perdido o emprego, com cortes recentes também na EA, Respawn, People Can Fly e Build a Rocket Boy, com a indústria neste momento a preparar-se para um abalo na Microsoft, que se especula que poderá dispensar mais de 2 mil trabalhadores na área dos videojogos.
Lost Records: Rage and Bloom foi o mais recente jogo lançado pela Don’t Nod, naquele que foi um regresso aos temas, tons e estilos de jogo que tornaram o estúdio popular, com Life Is Strange.