Não cai, não passa por ar e a marca diz que melhora o sabor.
Foi em outubro do ano passado, no evento Delta Inovação 22 – Try The Reserve, que a Delta Cafés apresentou uma nova máquina Delta Q que tem vindo a impressionar. Chama-se Delta Q Rise e injeta o café… debaixo para cima.
A marca diz que este conceito é único no mundo. Basicamente, a extração do café começa inversamente ao que é normal, ou seja, a partir do fundo fundo da chávena, o que intensifica o paladar e os aromas naturais do café e traz ao de cima um creme persistente, mantendo a temperatura ideal, e proporcionando um expresso superlativo.
Isto é possível também graças ao copo criado especificamente para o sistema Rise, sendo um elemento ativo e crítico na extração da bebida. O copo ganha primazia na criação de uma bebida que potencia todas as características organolépticas e sensoriais do café, resultando numa experiência superlativa. Existem vários copos, feitos de diferentes materiais e disponíveis em várias cores.
A questão é: o porquê de se criar algo assim? A razão está principalmente pelo facto de a marca querer crescer a nível internacional.
Um protótipo (com um design substancialmente do produto final) começou por ser testado na Diverge, centro de inovação do Grupo Nabeiro. Provado o conceito, entrou em cena Philippe Starck, um dos designers mais famosos do mundo, que dificultou ainda mais o processo ao referir que a máquina tinha de ser… vertical.
“A única beleza na nossa arte de produzir ideias e desenhos é talvez oferecer magia, fazer objetos anódinos, uma pequena máquina de café, mas que pode abrir-nos a mente todos os dias, sempre que tirarmos um café. E que essa abertura de mente possa mudar-nos a vida, pensando: É verdade. Normalmente, o líquido cai assim. Neste caso, é ao contrário. E se fizer também eu tudo ao contrário, para ver no que dá?”, disse Philippe Starck ao programa Futuro Hoje, da SIC Notícias.
Foram sete anos de conceito e outros quatro anos de interação entre o conceituado designer e a equipa da Delta. No final, chegou-se ao modelo a ser comercializado, que “cabe” numa folha A4. Porquê? Devido ao seu tamanho e formato, facilmente passa por uma peça de design, o que pode influenciar na decisão de uma compra. Além disso, bem sabemos que as máquinas de café deixam sempre alguns salpicos no momento em que o líquido começa a cair, algo que aqui não acontece.
De acordo com Rui Nabeiro, CEO da Delta Cafés, a expectativa é precisamente acelerar o ritmo de crescimento da Delta no estrangeiro. “Hoje já temos, pela primeira vez, mais encomendas de um modelo de máquinas para fora de Portugal do que em Portugal, e isto denota o papel que esta máquina pode ter no nosso crescimento internacional”, confidenciou ao programa Futuro Hoje. Para isso também ajudou a assinatura de Philippe Starck, naturalmente.
Caso sejam um dos portugueses interessados em experimentar, saibam que a RISE Delta Q with Starck está já disponível por 279€, sendo que é também possível adquirir conjuntos de copos, quatro copos de expresso ou dois copos expresso e dois copos bebidas longas, com o PVP recomendado de 34,90€.