Os Dead Combo foram ao Coliseu (e nós fomos atrás)

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No acrescento de mais um degrau no legado dos Dead Combo – legado esse que tem sido construído ao longo de 15 anos e que tem mais um marco chamado Odeon Hotel –  O Coliseu é, sem sombra de dúvida, dos melhores espaços para espetáculos musicais em Lisboa, e os Dead Combo souberam aproveitar-se disso.

Com Mark Lanegan e Alain Johannes como convidados especiais e acompanhados por uma banda nesta tour, os Dead Combo dispuseram dos melhores elementos para fazer da apresentação de Odeon Hotel um mimo. Vejamos: a entrada não poderia ter sido outra que não “Deus Me Dê Grana”, single mais do que rodado e conhecido e a porta de entrada certeira para um concerto cheio. De músicas e gente. Gente de todas as idades, formas e feitios, que os Dead Combo souberam puxar até si.

“Mr. & Mrs. Eleven (For AJ)” , “Egiptian Magician” (uma homenagem sentida a Zé Pedro) e “As Quica as You Can” foram as músicas de abertura e que deram a mostrar o potencial das músicas de Odeon Hotel tocadas ao vivo. E passaram com distinção!

Seguiu-se a primeira de algumas passagens pela obra anterior dos Dead Combo: “Rumbero”, passagem singela do álbum Dead Combo e as Cordas da Má Fama, e a magnífica “Rodada” vão servindo de digestivo ao som mais encorpado de Odeon Hotel, fruto da produção de Alain Johannes. Curiosamente, “In a Mellotron” do novo álbum e a seguinte “Cuba 1970” (de Lusitânia Playboys) torna-se o perfeito exemplo de como o legado se mistura com o novo e as diferenças se notam, mas o cerne… esse é Dead Combo. “Dear Mrs. Carmen Miranda” leva-nos de novo a Odeon Hotel, com ritmos quentes que elevam a música dos Dead Combo a outro nível.

Segue-se um momento em que a génese dos Dead Combo, Pedro Gonçalves e Tó Trips, tocam as bastante ovacionadas “Esse Olhar Que Era Só Teu” e “Povo Que Cais Descalço”, pérolas dos álbuns Lisboa Mulata e A Bunch of Meninos, respetivamente.

O trio que se seguiu foi deveras poderoso, ora não contasse com a participação de Mark Lanegan e Alain Johannes. Foram interpretadas “Fire of Love”, “Wedding Dress” e “I Know, I Alone”. O tom mais roqueiro talvez não tenha cativado os mais velhos, mas foi, sem sombra de dúvida, um ponto alto da noite, em especial a “I Know, I Alone” (Alain Johannes manter-se-ia como músico convidado até ao final do espetáculo).

“Desassossego” e “Mr. Eastwood” vão encostando a porta ao Hotel Odeon. A primeira um espetacular exercício de um jazz desassossegado e a segunda um tango “lavado” pelos Dead Combo. Momentos interessantíssimos!

Já com um final à vista, mas ainda ao longe, aparece um “Lusitânia Playboys”, do álbum homónimo, que nos transporta para outra época dos Dead Combo. Em modo de ataque, aparece uma “Eléctrica Cadente”, tema fulcral, que nos hipnotizou pela performance dos músicos. A porta do Hotel Odeon fecha-se com “Theo’s Walking”, tema que pode ser considerado como montra de como os Dead Combo se divertiram a conjugar diversos géneros que se fundiram numa mescla pop.

“Miúdas e Motos”, “A Menina Dança” e “Lisboa Mulata” compõem o encore, a chave-de-ouro. O público mais que rendido. E os Dead Combo também.

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