Conversas de Alpendre: Turismo rural autêntico em Cacela Velha, no Algarve

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O Conversas de Alpendre não é um hotel boutique, nem um retiro de luxo. É um lugar com alma.

No coração do Sotavento Algarvio, mais precisamente em Cacela Velha, o Conversas de Alpendre afirma-se como um dos projetos de turismo rural mais autênticos da região. Entre o azul do Atlântico e o silêncio do campo algarvio, este espaço foi pensado para abrandar o tempo – e quem por lá passa sente isso no corpo e na cabeça. Longe das pressões do quotidiano urbano, ali vive-se com leveza, ao ritmo da natureza, com o barulho do vento, dos pássaros e das conversas a marcarem o compasso dos dias.

A história deste peculiar alojamento começou em 2016, quando Marta Guevara, após o nascimento do filho Francisco, decidiu abandonar a sua carreira em Lisboa e recomeçar no Algarve. Juntou-se aos pais, Cristina e José Carlos, e nasceu assim um projeto familiar com várias mãos e uma ideia clara: criar um refúgio onde se pudesse simplesmente estar, sem pretensões. O alpendre, que dá nome ao espaço, é o símbolo maior desse espírito: um ponto de encontro, de partilha, de descanso. Anos ,ais tarde, viria a abrir também o Colégio Charm House, em Tavira, sobre o qual já falámos.

O percurso do Conversas de Alpendre ficou também atravessado por momentos difíceis, como a morte prematura de Tiago, companheiro de Marta. Mas o seu espírito continua presente, entranhado na alma do lugar, onde a hospitalidade tem rosto e memória.

Hoje, o Conversas de Alpendre conta com 12 unidades de alojamento, todas diferentes, todas com histórias. Desde a famosa Casa da Árvore – construída antes de qualquer outra estrutura, por um carpinteiro de Grândola, diretamente sobre uma alfarrobeira e, durante um tempo, sem escadas -, e que é uma das unidades mais requisitadas pelos hóspedes, até ao Armazém, um loft amplo com piscina privada, ideal para famílias. Há ainda a Cabana, discreta e integrada na paisagem – “um aglomerado de madeira que passa muito despercebido”, como ouvimos dizer. Já os nomes dos quartos – como No Stress, No Rules ou No Office – revelam, com uma ironia subtil, o convite a desconetar do mundo moderno.

E há outro detalhe a assinalar: tal como no Colégio Charm House, também aqui os quartos são todos diferentes. Por exemplo, e pelas fotos que poderão ver, irão reparar que o meu quarto tinha jacuzzi privado, onde pude relaxar durante bastante tempo.

A arquitetura é marcada pela simplicidade elegante do estilo mediterrânico. As madeiras naturais, os azulejos portugueses, os têxteis orgânicos – roupões feitos 100% em Portugal, “guardanapos” feitos de linho… – transmitem uma sensação de conforto rústico, mas sofisticado. Cada unidade foi pensada para respeitar a essência do lugar e oferecer uma experiência sensorial, com terraços privados, vistas para o campo ou para o mar, e uma integração quase invisível na paisagem.

Apesar de existir uma sala interior – usada sobretudo para o check-in e o check-out – é no exterior que o Conversas de Alpendre ganha vida. Há duas piscinas – uma delas para crianças -, rodeadas por um jardim cuidado, espreguiçadeiras e silêncio. Depois, quem quiser, pode sempre pedir um copo ou petiscar qualquer coisa assim que sai da piscina. Além disso, e com tanto espaço verde, o bom tempo irá trazer convívios fabulosos – por exemplo, uma das árvores de fruto já tem luzes nas pontas para iluminar uma mesa que servirá para jantares prolongados durante as noites quentes de verão.

Outra mais-valia do Conversas de Alpendre é a horta, parte vital do conceito do Conversas de Alpendre. Ali crescem frutas, legumes e ervas aromáticas usadas diariamente na cozinha pelo chef Robson Beker, que tem total liberdade para cozinhar o que quiser – dependendo dos gostos e restrições dos clientes, claro. Ou seja, ali não há menu fixo, e há também jantares-surpresa. Há quem não goste de surpresas, claro – e aí a solução será pegar no carro ou pedir a uma app TVDE que alguém venha buscar, de modo a encontrar um restaurante mais tradicional, digamos. No entanto, recomendamos vivamente que experimentem, nem que sejam só uma vez, pois irão certamente adorar o que vos irá chegar à mesa.

Ainda na parte da paparoca, convém referir brevemente o pequeno-almoço, tal e qual o que é servido no Colégio Charm House. Ou seja, não é buffet, tudo é servido à mesa, mas há comida que nunca mais acaba: iogurte caseiro com uma granola fantástica, pão do dia, croissants, queijos e compostas, sendo que podem depois pedir algo da carta de snacks, como ovos mexidos, omelete, panquecas…

Para quem procura mais do que descanso, há ainda massagens, tratamentos faciais, manicures e atividades pontuais. Tudo é sugerido com leveza, com a mesma informalidade que define todo o espaço.

O serviço é outro ponto de destaque do Conversas de Alpendre, com elementos do staff sempre atentos e presentes, sem serem intrusivos ou “forçados”. Nota-se que há muito amor aqui, seja para antecipar necessidades, lembrar preferências ou, até, reparar em detalhes que escapam à maioria.

O único “senão”? Provavelmente a distância para as praias – 3km do cais de embarque da Praia da Fábrica, um pouco mais da Praia de Cacela Velha e a mais de 5km da Praia de Manta Rota, o que faz com que apenas seja possível visitar de carro, a não ser que aluguem uma bicicleta ou gostem muito de andar a pé. É, digamos, a “consequência” para uma tranquilidade ímpar.

O Conversas de Alpendre não quer crescer desmesuradamente — “o objetivo é preservar a essência e manter uma experiência familiar”, diz Marta. E isso sente-se em cada canto. Não é um hotel boutique, nem um retiro de luxo. É, sim, um lugar com alma. Um sítio onde as conversas acontecem ao ritmo do sol, onde o tempo abranda e onde o regresso se torna inevitável.

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