CNS Santa Cruz – A primeira Casa do Movimento e de Campo do mundo

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Fomos descobrir um refúgio único, onde o repouso, movimento e bem-estar se combinam numa harmonia perfeita entre o campo e o mar.

Quando queremos fugir do stress da rotina diária, e temos tempo para isso, tendemos a escolher uma de duas opções: ou um hotel algures, onde não tenhamos preocupações, ou um tempinho numa casa da aldeia, onde a tranquilidade reina.

Mas e se vos dissermos que há um local onde podem passar dias agradáveis, num local simultaneamente à beira-mar e no campo, com a possibilidade de realizar e aprender um conjunto de atividades físicas que promovam a saúde e o bem-estar? É esse mesmo o mote do CNS Santa Cruz, a primeira Casa do Movimento e de Campo do mundo.

Localizado na Estrada da Praia Azul nº14, na Silveira, o CNS Santa Cruz faz parte do mesmo grupo CNS Campus Neurológico, que nasceu com o objetivo de facultar a doentes, familiares e cuidadores, num mesmo espaço físico, uma abordagem multidisciplinar, especializada em doença de Parkinson e outras doenças do movimento, doença de Alzheimer e outras demências, Acidentes Vasculares Cerebrais e outras doenças neurológicas. É, por isso, que o CNS Santa Cruz conta com programas criados por especialistas em neurociências e movimento, desenhados para estimular a combinação entre atividade física, estimulação cognitiva e movimento saudável.

No entanto, não se pense que o CNS Santa Cruz foi apenas desenhado para hóspedes com necessidades especiais. Longe disso. Até porque falamos de um hotel, na sua essência, mas que pretende garantir uma estadia prazerosa num local agradável e acolhedor. O Echo Boomer passou duas noites no CNS Santa Cruz e uma coisa é certa: nunca nos sentimos tão relaxados.

Esta é uma propriedade de 12 hectares à beira-mar, e ficam já a saber que, assim que passam do portão principal, terão de andar vários metros, seja a pé ou de carro, até chegarem ao edifício do hotel. Irão reparar que não falamos de um complexo gigante em tamanho, até porque não era esse o objetivo, rodeado por imenso verde, percursos para trilhos pedestres e, até, um lago com cais para atividades aquáticas – não é suposto nadar neste lago, mas há quem não resista…

No momento do check-in, fomos super bem-recebidos, num ambiente de total tranquilidade, e onde ficámos logo a saber que os quartos – 14 ao todo – não têm número, mas sim nomes de praias: Praia do Navio, Praia do Amanhã, Praia do Seixo, Praia de Santa Rita, Praia de Porto Novo, Praia das Conchas, Praia da Foz do Sizandro, Praia Azul e Praia Formosa, entre outros exemplos. São seis quartos no Piso 0, onde temos também a receção, restaurante, Sala Dunas e terraço, e oito quartos no piso -1, onde encontramos também o Ginásio, SPA e a piscina interior aquecida – temperatura da água anda por volta dos 32º.

E por falar em quarto, ficámos num Quarto Duplo bem agradável. Espaço mais que suficiente, decoração inspirada nas profundezas cativantes do Oceano Atlântico, duas camas superking-size – e que até davam para inclinar, estilo camas ortopédicas, através de um botão – e varanda com vista para o mar, tal como todos os restantes quartos. No quarto, ainda fomos recebidos com uns miminhos: broas regionais e chocolatinhos da Pedaços de Cacau.

O único ponto negativo? A qualidade do Wi-Fi, que é bastante fraca. Pelo menos no nosso quarto, onde a potência do sinal deixava muito a desejar.

Para fechar este capítulo dos quartos, salientar que existem então quartos individuais, com camas de solteiro de tamanho generosa, áreas entre os 17-19m2 e varanda ou terraço; quartos duplos, com duas camas – mas que, juntas, fazem uma enorme -, áreas entre os 19-24 m2 e varanda ou terraço; e uma única Suite com 40 m2, duas camas superking-size, sala de estar, terraço coberto de 10m2 e acesso ao jardim e lago.

Com capacidade máxima para apenas 25 hóspedes, o CNS Santa Cruz tem tido uma adesão por parte de hóspedes estrangeiros acima das expectativas: “Estimávamos uma adesão na ordem dos 15-20%, mas, neste momento, andamos com 52% de hóspedes de outros países”, disse-nos um dos funcionários do hotel, que até contou a história de uma cliente russa que, ao querer escapar da azáfama de Moscovo, encontrou no CNS Santa Cruz o seu refúgio durante duas semanas.

Devido à sua localização, este hotel permite acesso pedonal à praia. Aliás, se forem pelo caminho que vos vai dar ao baloiço do CNS Santa Cruz, irão reparar numa placa que vos dá indicações de como ir a pé à Praia Formosa, à Praia Azul ou à Praia da Mexilhoeira. De facto, isso é algo que acontece por ali – tendo aberto em regime de soft opening a 3 de junho e tendo ficado a funcionar na totalidade no final de julho -, tendo-nos o staff contado que, no verão, tinham hóspedes que saíam durante todo o dia, regressando apenas antes do jantar.

Outra mais-valia do CNS Santa Cruz, e tal como já demos a entender, são as experiências, que acabam por preencher as estadias dos hóspedes. São várias as propostas: caminhadas, passeios de bicicleta, atividades aquáticas, artes marciais, arco e flecha zen, pickeball, dança, yoga e workshops de culinária, entre outras. Na zona da receção, têm um quadro atualizado com o programa das experiências para aulas de grupo dos próximos dias, sendo que, nesta fase, e para dar a conhecer estas propostas, é oferecida uma experiência por dia a cada hóspede. A partir daí, cada experiência de grupo tem um custo de 20€ por pessoa. Se alguém quiser uma aula individual, o valor dobra para os 40€.

Fizemos Yoga, Tai-Chi e Catana Japonesa, e gostámos imenso, pois é daqueles momentos em que dá para limpar o cérebro e não pensar em mais nada. No entanto, ressalvar que, devido às condições atmosféricas, o programa diário pode mudar – num dos dias, a atividade Arco e flecha Zen, feita no exterior, teve de dar lugar a outra atividade, uma vez que o terreno não se encontrava em condições. E se um dos elementos que der as aulas estiver ausente, essas experiências são também adiadas.

Claro, há aqui atividades que não precisam de qualquer acompanhamento ou marcação. Podem explorar os vários trilhos à vossa vontade, podem pegar numa das bicicletas de montanha disponíveis no exterior do hotel e seguir viagem – basta que avisem que as vão levar -, podem pegar nas raquetes de Pickeball e jogar com alguém no campo desenhado para o efeito mesmo ao lado do ginásio… E por falar em ginásio, com luz natural, é aí que se desenrolam as aulas de Yoga. Não pensem, no entanto, que se trata de um ginásio de grandes dimensões – tem algumas máquinas de cardio e pesos, mas nada de equipamentos de musculação.

Além disso, o CNS Santa Cruz promove ainda os programas personalizados AWAKE, MOVE e ENGAGE, com diferentes propósitos. O AWAKE (três dias, duas noites), é uma oportunidade para iniciar mudanças saudáveis no dia-a-dia, contando com atividades individuais e em grupo e avaliação por especialista em movimento.

Já o MOVE é uma jornada de sete dias que inclui uma avaliação inicial, seguida de atividades planeadas para promovam equilíbrio entre movimento, socialização e bem-estar. No dim, há uma avaliação final, entrega de resultados e agendamento de um contacto posterior.

Por fim, o ENGAGE apresenta-se como uma experiência transformadora de 14 dias, com avaliação física e nutricional, além de experiências sociais e culturais, tudo para se criarem “memórias inesquecíveis”.

Adicionalmente, o CNS Santa Cruz também pode ser uma boa solução para empresas, como eventos de team-building, que acabam neste caso não só por fortalecer relações, como melhorar o bem-estar coletivo e estimular física e cognitivamente um grupo de pessoas num ambiente inspirador de harmonia entre o campo e o mar. E, claro, também podem organizar por ali ações de formação.

E em relação à oferta gastronómica?

Começar por dizer que, ao ficarem alojados no CNS Santa Cruz, terão três opções: alojamento apenas com pequeno-almoço, alojamento com meia pensão ou, então, alojamento com pensão completa – inclui pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar. Todas as refeições, à exceção do lanche, são servidas na sala do restaurante.

Ficámos duas noites alojados no hotel, como já referimos, pelo que tivemos direito a dois pequenos-almoços. A oferta foi a mesma em ambos os dias, sem ser demasiado extensa, mas com produtos de qualidade: ovos mexidos, bacon – nada seco, contrariamente a muitos outros hotéis -, salsichas, croissants, mini pastéis de nata, cereais, granola e similares, seleção de pães, vários queijos, iogurtes, compotas, Nutella, manteiga de amendoim e muita e deliciosa fruta. Quanto às bebidas, tivemos café, leite e sumos naturais.

Como podem perceber, nada de muito vasto, mas mais do que suficiente, até porque somos adeptos de menores quantidades, mas melhor qualidade, pois claro.

Quanto ao almoço e jantar, fizemos dois jantares e um almoço no CNS Santa Cruz, e logo percebemos que, ali, não há propriamente um restaurante “digno” desse nome. Passamos a explicar: é que, apesar de o hotel ter uma sala onde serve refeições, por ali não se cozinha – à exceção dos bolos, feitos na casa, e dos queijos e enchidos. Tudo o resto é proveniente do restaurante Atual, localizado a apenas 700 metros do CNS Santa Cruz. Acaba, no fundo, por ser um serviço de catering, digamos, e acreditem que foi a melhor solução para o hotel: uma rápida pesquisa no Google permitiu constatar que o Atual tem ótimas críticas na Internet, através das várias plataformas dedicadas ao efeito.

E confirma-se, efetivamente. Nas refeições que fizemos no hotel, pudemos, de facto, constatar a enorme qualidade dos pratos confecionados no Atual, com muito sabor. Até comentámos que podia ser aquela comida que a nossa avó faria…

Num dos jantares apanhámos Creme de Legumes com arroz branco, Pica-Pau de Vitela com gratinado de batata e bacalhau à Brás. Havia, também, uma seleção de queijos e enchidos, bem como vinhos à descrição. Para sobremesa, Salada de Fruta, Mousse de Chocolate e Cheesecake com Lemon Curd.

No almoço do dia seguinte pudemos deliciar-nos com um fantástico Cozido à Portuguesa, com tudo aquilo a que estamos habituados quando nos servem este prato. Proteína de muita qualidade, muitos e variados legumes e uma seleção fabulosa de chouriço, morcela e alheira. Que coisa boa! Ótimos estavam também os Croquetes de Espinafres e Pinhão – se nos quiserem dar a receita, agradecemos…

Para terminar essa refeição em beleza, comemos das melhores Panna cotta da vida, pois ao invés de ter a nata ou a “gelatina de nata”, tão comum nesta sobremesa, esta que nos foi servida continha leite condensado com leite em pó e outras coisas… Escusado será dizer que apenas um copinho não chegou.

Quanto ao nosso último jantar no CNS Santa Cruz, tivemos Raia de Escabeche com rebentos de soja e malagueta, Carne de Perú recheada com enchidos e legumes, Salada de Favas salteadas com enchidos e rabanetes, e Salada de lentilhas em chá de Camolila – opção fabulosa, diga-se. Tivemos novamente direito aos Croquetes de Espinafres e Pinhão do almoço, bem como à fenomenal Pannacota, além de Cheesecake de frutos vermelhos.

A única coisa a criticar? Os horários não são cumpridos. De acordo com o que é especificado pelo hotel, o almoço é servido das 12h30 às 14h30, enquanto que o jantar tem lugar das 19h às 21h. Mas a verdade é que nenhuma das refeições começou a horas. O almoço atrasou ligeiramente, cerca de 10-15 minutos, já o jantar nunca começou às 19h. Num dos dias, só começou por volta das 19h45, enquanto que, no dia seguinte, só foi servido por volta das 20h15. Um ponto a rever, até para os hóspedes não irem ao engano.

Ainda em relação aos almoços e jantares, o modo como são servidos depende dos hóspedes. Ou seja, se existirem pelo menos sete pessoas para almoçar/jantar, a refeição é servida em modo buffet. Abaixo desse número, funciona em modo à la carte.

Resta-nos mencionar o lanche, que é servido à parte, na Sala Dunas. O objetivo foi concentrar as refeições principais numa sala, enquanto que o Lanche serve mais para os hóspedes estarem mais à vontade. E percebe-se porquê: a sala, enorme, está dividida em vários “conceitos”: há cadeiras reclináveis, uma tela e um projetor, para verem futebol ou um filme; um espaço de reuniões caso alguém precise de utilizar; vários sofás com livros; vários jogos em prateleiras, como o 4 em Linha, Dominó e Mikado, entre outros; e um Honesty Bar, em que o objetivo é consumir algo, como café, chá, cerveja ou whisky, e depois o hóspede aponta no caderno o número do quarto para esse consumo ficar no sistema. Mas serão assim as pessoas tão honestas? Hmmm…

Quanto ao lanche em si, é composto por um ou mais bolos caseiros, feitos na cozinha do CNS Santa Cruz, e sumos naturais. É, no fundo, um miminho, até mais pensado para quem fez uma atividade à tarde, para repor energia e relaxar um bocado.

No fundo, o CNS Santa Cruz foi pensado como um espaço para os familiares dos utentes do CNS Campus Neurológico, que precisavam de um sítio para ficar e que fosse mais tranquilo, mas acabou por progredir muito mais para turismo, embora continuem a ter programas específicos – que falámos anteriormente – para pessoas com necessidades especiais – até porque o hotel funciona como hotel e, como tal, não tem condições médicas como enfermeiros ou cuidadores.

O que interessa é que, por ali, todos serão bem tratados, queiram ou não fugir da rotina e do stress do dia a dia por uns dias. Recomenda-se vivamente: staff muito simpático e prestável, comida de muita qualidade e uma envolvência de ambiente super relaxante.

Para reservas, podem ir ao site oficial do CNS Santa Cruz, enviar um email ou, então, ligar para o 261095900/924177172.

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