Sandfall Interactive, o estúdio de Clair Obscur: Expedition 33, não tem intenção de se expandir

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O CEO da Sandfall Interactive não acha tentador a ideia de expandir o seu estúdio, mesmo após o sucesso de Clair Obscur: Expedition 33.

Apesar do sucesso comercial e critico de Clair Obscur: Expedition 33 que poderia refletir-se em oportunidades para expandir os recursos da sua produtora, a Sandfall Interactive, para Guillaume Broche, o seu CEO, essa ideia não é muito “tentadora”.

Em entrevista ao portal EDGE, para a newsletter Knowledge, Broche, que assina o jogo também como criador diretivo considera que “é bom ter limitações quase és um criativo.” Reforçando aquela ideia de que os limites moldam as possibilidades, ajudam no foco e na procura de soluções interessantes para os obstáculos.

Acho que é a melhor maneira se seres a tua melhor versão. Podíamos aumentar a escala agora que temos mais dinheiro, mas eu acho que isso não é tentador para nós, porque mesmo a equipa de gestão e eu próprio, temos que colocar as nossas próprias mãos naquilo que estamos a fazer. Nós gostamos de fazer jogos maios do que gerir, por isso queremos continuar a fazer isso. Estes últimos cinco anos foram os melhores da minha vida e quero continuar a ser feliz assim novamente.” Explica Broche, afirmando que mesmo com mais recursos monetários, ele e a sua equipa não têm vontade de alterar a sua forma de trabalhar.

Na mesma entrevista, Broche é questionado sobre a “receita de sucesso”, que parece ter resultado com Clair Obscur: Expedition 33 e com esta ideia de um fluxo de trabalho eficaz que não pretende mudar. E para Broche a resposta é relativa e depende obviamente de equipa para equipa. “Cada equipa é diferente e nós construímos os nossos processos pela fora como trabalhamos, dependendo dos talentos que temos ao nosso dispor.”

Broche explica também a forma como os projetos são abordados com aquilo que considera ser o ingrediente secreto. “Acho que o segredo é adaptar o jogo à equipa que tens e não ao contrário. E nem sempre é sobre os processos, mas sim sobre fazer o jogo que queres jogar. É contraditório, mas (tentar) não pensar demasiado nos jogadores, porque se te preocupas com o teu jogo, acabas por te preocupar com os jogadores. Para mim, a melhor forma de me preocupar com as pessoas é fazer algo que seja sincero. Se parecer humano, (mesmo) que tenha pequenas falhas aqui e ali, isso é perdoável. Só precisa de ter uma alma e uma identidade fortes.”

Nesta reta final do ano, Clair Obscur: Expedition 33 já foi o protagonista de várias celebrações dos melhores jogos do ano, onde se destacam os Golden Joystick Awards 2025, onde ganhou em todas as categorias, e os The Game Awards 2025,onde acumulou nove prémios e se tornou no jogo mais condecorado numa única edição do evento.

David Fialho
David Fialho
Licenciado em Comunicação e Multimédia, considero-me um apaixonado por tecnologias e novas formas de entretenimento. Sou editor de tecnologia e entretenimento no Echo Boomer, com um foco especial na área dos videojogos.
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