Cegonha Branca, o primeiro navio 100% elétrico da Transtejo, começa viagens experimentais na próxima semana

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A viagem inaugural decorreu esta terça-feira.

Demorou, mas foi. Em 2019, o Conselho de Ministros autorizou a despesa relativa à renovação da frota da Transtejo, que contemplava a aquisição de 10 navios elétricos. Três anos depois, houve uma reprogramação dessa despesa, o que significava que a compra dos navios ficaria bem mais cara. E foi também dito publicamente, em 2022, que o primeiro navio 100% elétrico, vindo dos estaleiros espanhóis Gondán, chegaria até ao final desse ano. Mas não foi isso que aconteceu.

Este tem sido um processo moroso, tal como tantos outros concursos públicos do género, levando a vários atrasos. Por exemplo, foi apenas em março deste ano que o Cegonha-Branca, batizado com o nome de uma ave autóctone do estuário do Tejo, chegou a Lisboa, e só esta semana foi inaugurado. E como tal, somente na próxima semana é que o Cegonha-Branca irá começar com viagens experimentas, neste caso com passageiros a bordo, no trajeto entre o Seixal e o Cais do Sodré (Lisboa).

Também se esperava que, por esta altura, a Transtejo já contasse com um total de quatro navios 100% elétricos, mas a verdade é que, novamente, está tudo atrasado. Por agora, o plano é receber dois novos navios em fevereiro de 2024, enquanto que outros cinco deverão ser entregues ao longo desse ano. Contas feitas, a Transtejo/Soflusa conta ter nas suas instalações um total de oito navios em 2024. Mas ficam a faltar outros dois navios 100% elétricos, para completar a aquisição das 10 unidades referidas inicialmente em 2019, mas sobre estes nada se sabe.

Porém, o plano é que os 10 navios elétricos estejam a operar no Tejo até 2025.

Quais as vantagens dos novos navios 100% elétricos da Transtejo?

De acordo com a empresa, “a nova frota permitirá melhorar a experiência da viagem fluvial, alcançar ganhos em eficiência energética, reduzir os atuais custos de manutenção e eliminar a emissão de CO2 no transporte público”, frota essa que “foi especificamente concebida para as necessidades de operação da Transtejo”.

“Os novos navios 100% elétricos, permitirão, ainda, uma operação fluvial isenta de ruído, vibrações e odores, pelo que o projeto constitui, de facto, um assinalável contributo para a promoção da mobilidade sustentável na AML – Área Metropolitana de Lisboa”, diz ainda a empresa em comunicado, reforçando que, devido ao “processo de descarbonização da atividade de transporte fluvial, a Transtejo contribuirá, também, para uma melhoria do ecossistema e da biodiversidade existentes no rio Tejo”.

Já de acordo com o Primeiro-Ministro, António Costa, presente na viagem inaugural do primeiro navio, entre o Seixal e Lisboa, tratam-se de “navios mais cómodos, vão transportar mais pessoas, com um ganho efetivo na capacidade de transporte com menor custo para a operação e menor custo ambiental”.

Por sua vez, Duarte Cordeiro, Ministro do Ambiente e da Ação Climática, disse que estão em curso as obras de instalação dos postos de carregamento dos navios, estando concluídas em dezembro no Seixal, seguindo-se Montijo em fevereiro, Cais do Sodré em maio e Cacilhas em junho.

Segundo os cálculos da Transtejo/Soflusa, a nova frota evitará o consumo de mais de cinco milhões de litros de gasóleo, o que corresponde a uma poupança de emissão de gases com efeito de estufa superior a 13 mil toneladas de CO2.

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