Carris Metropolitana recruta em Cabo Verde para colmatar falta de motoristas

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E entrarão ao serviço já nos próximos meses.

1 de junho prometia dar início a uma revolução nos transportes rodoviários na Área Metropolitana de Lisboa. Afinal de contas, foi nesse dia que se lançou a Carris Metropolitana, mas somente na Área 4, que serviu como teste inicial. Um mês depois, não estavam reunidas as condições para dar seguimento ao serviço nas Áreas 1 e 2, pelo que foi apenas a Área 3 a receber o novo serviço no passado dia 1 de julho. Mas nem por isso as coisas ficaram melhores.

Na verdade, e de acordo com vários utentes, o serviço chega a ser pior que o da TST, ainda que, de acordo com a direção da Alsa Todi, que opera na Área 4, esteja a ser “prestado um serviço de excelência”, algo que os clientes desmentem veemente.

Certo, porém, é que até as autarquias do concelho de Setúbal já se manifestaram contra o serviço pela Carris Metropolitana, referindo que as falhas e deficiências do serviço põem em causa, de forma inaceitável, a vida de todos os utentes desta rede de transportes. Falhas estas que são comuns também no concelho de Almada.

Além disso, e de acordo com a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), que gere a Carris Metropolitana, grande parte deste caos está relacionado com a falta de motoristas. E uma vez que a TML alega não conseguir contratar em Portugal, optou por dar seguimento à contratação noutros países, neste caso em Cabo Verde.

“Tenho a expectativa de que o serviço esteja a funcionar bem em outubro, se até lá as operadoras conseguirem recrutar os motoristas e não perderem mão de obra”, disse ao Expresso (acesso pago) Rui Lopo, membro do Conselho de Administração da TML. Sabe-se, por exemplo, que a Alsa Todi “vai trazer cerca de 60 motoristas de Cabo Verde”, já com carta e experiência, pelo que deverão entrar ao serviço muito em breve.

Já a TST, responsável por outra parte da operação da Carris Metropolitana na Margem Sul, continua a contratar em Portugal, num processo de formação que dura cerca de seis meses. Salários baixos, fracas condições de trabalho e custos de formação, que nem sequer são oferecidos pelas empresas, ajudam a explicar a falta de pessoal.

Em todo o caso, a TML garante mais estabilidade já no próximo mês de outubro, além de ir dar uma “priorização total do serviço às escolas” já este mês de setembro.

Alexandre Lopes
Alexandre Lopes
Licenciado em Comunicação Social e Educação Multimédia no Instituto Politécnico de Leiria, sou um dos fundadores do Echo Boomer. Aficcionado por novas tecnologias, amante de boa gastronomia - e de viagens inesquecíveis! - e apaixonado pelo mundo da música.
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