A maior revolução deste ano é o novo palco. O Bons Sons recebe, em 2018, um novo palco, que substitui o muito adorado palco Eira (destinado a partir de agora a outras novidades que serão relevadas em breve). O novo palco é dedicado a Zeca Afonso, o cantautor que defendia que uma revolução cultural não era ele poder ir tocar a mais sítios. O palco a que dá nome é um anfiteatro natural num campo com algumas oliveiras, mesmo atrás da sede do SCOCS, muito propício a concertos dedicados à nova música portuguesa.
Para além deste novo palco, há palcos que recebem uma nova nomenclatura e têm novos formatos. É o caso do palco Tarde ao Sol, no adro da Igreja de São Sebastião, que a partir de agora presta homenagem a Amália Rodrigues, o nome mais internacional da música nacional. Num momento em que o Bons Sons quer conquistar novos territórios para a música nacional, Amália surge como um nome incontornável. O palco Amália terá, a partir deste ano, concertos não só durante a tarde, mas também à noite, onde predomina a presença de músicos virtuosos de âmbitos diversos e inspirações várias, num palco que proporciona uma proximidade entre músicos e o público.
Por outro lado, o Auditório de Cem Soldos passa a chamar-se Auditório Agostinho da Silva, não só durante o festival, mas durante o ano inteiro. É uma homenagem ao pensador que defendia que “o mundo acaba sempre por fazer o que sonharem os poetas” e que “viver interessa mais que ter vivido; e a vida só e real quando sentimos fora de nós alguma coisa de diferente”. O Auditório Agostinho da Silva recebe a programação ligada às artes performativas, cinema ou atividades dedicadas a crianças.
Para além dos palcos, estão também incluídas novidades que têm como objetivo aumentar o conforto e o bem-estar de quem vive a aldeia em dias de festival e não quer preocupações. Nesta edição, o poder (e o dinheiro) está na pulseira. É hora de ir comer e beber sem estar a fazer contas ou contar dinheiro. A pulseira tem um chip que pode ser carregado com o valor pretendido logo quando se chega ao festival e, a partir daí, é só desfrutar da música e de tudo o resto. Há mais conforto, é mais seguro e mais prático.
Também aumenta a oferta alimentar, com mais restaurantes, mais diversidade de comida e espaços mais amplos. O festival terá ainda uma nova zona para passar o tempo de forma mais apaixonada e haverá um reforço na zona do campismo com mais área para o aldeamento: diversas soluções alternativas ao campismo tradicional, com tendas já montadas no recinto disponíveis em vários tamanhos, conforme o número de pessoas.
O festival realiza-se este ano de 9 a 12 de agosto, sendo que o passe geral tem um custo de 30€ até 30 de abril, passando a custar 40€ de 1 de maio a 31 de julho, e fixando o seu preço final em 45€ em agosto. Já o bilhete diário tem um custo de 20€ até 31 de julho, subindo para os 22€ em agosto.