Viver a aldeia? Só em 2026.
Desde 2006, ano em que surgiu no panorama nacional o festival Bons Sons, que o público sabe que agosto é o mês dedicado a uma visita à aldeia de Cem Soldos, em Tomar. Tendo decorrido de dois em dois anos até 2015, ano em que passou a ter uma edição anual, o festival organizado pelo Sport Club Operário de Cem Soldos (SCOCS) é já uma marca forte e incontornável no panorama da música nacional, apresentando um leque de artistas muito variado que vão passando pelos diversos palcos daquela localidade.
Porém, nos últimos anos, não houve assim tantas edições do Bons Sons quanto o desejado. Primeiro foi a pandemia de Covid-19, que impossibilitou as edições de 2020 e 2021, com o festival somente a acontecer em 2022. E depois não esquecer as tão desejadas obras de requalificação do largo (Largo do Rossio) e do centro de Cem Soldos – área ocupada pela quase totalidade do recinto do Bons Sons -, que se realizaram ao longo de 2023, fazendo com que o evento somente tivesse regressado este ano, para uma edição com lotação esgotada.
Agora, e uma vez que ainda não tínhamos tido novidades do Bons Sons para 2025, eis que ficamos a saber de novas mudanças na estrutura do festival: é que vai passar a bienal novamente. Ou seja, o Bons Sons somente regressará em 2026 para a edição comemorativa dos 20 anos de existência.
“Após uma edição histórica, este ano, que inaugurou o largo e centro de Cem Soldos, com lotação esgotada, o BONS SONS regressa em 2026 – em data a anunciar – e passa a realizar-se de dois em dois anos. Uma decisão coletiva, com a qual se pretende ter mais espaço e tempo para a consolidação de processos e das equipas voluntárias na aldeia e de tudo aquilo que um festival comunitário implica, apostando na longevidade e sustentabilidade. Esta decisão pretende ao mesmo tempo a possibilidade de criação de outros projetos por parte do @scocs_cemsoldos trabalhando continuamente para uma aldeia cada vez mais coesa e resiliente. O BONS SONS é um projeto que cuidamos com carinho, profissionalismo e dedicação, pelo esforço coletivo e singular de mobilização da comunidade e pela importância que tem para a aldeia, para a comunidade artística e, em especial, para a música portuguesa. Apostar na longevidade do BONS SONS e na sua sustentabilidade é acreditar na criação artística nacional, é acreditar nas pessoas com as quais temos partilhado a construção deste evento único no panorama atual, é acreditarmos na missão e visão que o BONS SONS transporta e sentirmos que continua e continuará a fazer sentido”, lê-se num comunicado partilhado nas redes sociais.
Portanto, será em 2026 que voltamos a viver a aldeia.
Foto: Verónica Paulo