A Alphabet, a empresa mãe da Google, tem até dezembro para elaborar um plano que termine com o seu monopólio.
Esta semana, ficou-se a saber que as autoridades Norte-Americanas estavam a tentar encontrar uma forma de encorajar a Google a vender o seu navegador, o Chrome. Agora, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) solicitou à Justiça que obrigasse a tecnológica a vender o seu navegador.
O DoJ considera que este navegador, enquanto ponto de acesso a todos os serviços da Google, é extremamente dominante no mercado de serviços online, estando num ponto em que a situação é considerada como um abuso dessa posição de domínio. Atualmente, o navegador Chrome é utilizado por mais de 3 mil milhões de pessoas em todo o mundo.
Os pedidos não se ficam por aqui, uma vez que a Alphabet, a empresa mãe da Google, também terá que dividir todas as atividades da Google ou, até, ter que revender a propriedade do sistema operativo Android, se as medidas que forem apresentadas já em de dezembro não forem consideradas suficientes para restabelecer uma aparência de concorrência.
Este pedido foi recebido com choque e surpresa por parte da Google e dos seus gestores. A tecnológica denunciou, pela voz de Kent Walker, presidente de Assuntos Globais da Google, que estamos perante “um programa de intervenção radical que prejudicaria os americanos e a liderança global dos Estados Unidos em tecnologia”.
A Google tem a possibilidade de apresentar as suas próprias propostas em dezembro
Alguns especialistas acreditam que o procedimento lançado pelo DoJ visa, sobretudo, obter concessões, mas outros acreditam que a é a Google que não está correta, tendo a empresa já sido condenada nos Estados Unidos pelo abuso de uma posição dominante no mercado de pesquisa online.
Na pior das hipóteses, a Google poderá sempre recorrer ao Supremo Tribunal, que, por sua vez, terá um apoio das alas mais conservadoras do sistema político norte-americano, que não se demonstra entusiasmada com a intervenção estatal nos assuntos económicos.