Astérix na Lusitânia já está disponivel nos pontos de venda habituais.
66 anos depois de nascer da imaginação de René Goscinny e Albert Uderzo, Astérix tem uma nova aventura que fala literalmente português. Astérix na Lusitânia, o 41º livro da série, chegou esta quinta-feira a livrarias de cerca de 25 países, traduzido em 19 línguas e dialetos, incluindo o português. Desta vez, o pequeno gaulês e o inseparável Obélix atravessam o Império Romano rumo à antiga Lusitânia, território que corresponde em grande parte ao atual Portugal.
A história leva a dupla numa missão para resgatar um modesto fabricante de garum, o célebre molho de peixe fermentado utilizado pelos romanos, injustamente acusado de envenenar Júlio César. Para o salvar, os heróis enfrentam lutas, intrigas políticas e os inevitáveis confrontos com as legiões romanas, mas também descobrem um novo tempero emocional: a saudade.
A história é assinado por Fabrice Caro, que sucede a Goscinny na escrita, enquanto o desenho continua a cargo de Didier Conrad. O autor revela que procurou captar “algo muito português”, incorporando a saudade como tema central da narrativa. Obélix, por exemplo, sente-se profundamente perturbado por essa mistura de melancolia e ternura, e até os soldados romanos perdem o ímpeto de combate ao ouvir o fado. Para dar forma visual a esse sentimento, Conrad diz seguir uma fórmula aparentemente simples: “Um olhar ligeiramente triste, acompanhado de um pequeno sorriso.” O resultado promete um equilíbrio entre humor, emoção e o típico espírito rebelde da série.
Como já é tradição, o novo livro chegou às livrarias dois meses antes do Natal, com uma tiragem inicial de cinco milhões de exemplares. Astérix na Lusitânia confirma que, mesmo seis décadas depois, o gaulês continua a conquistar leitores, e agora com um toque muito português.