A Arm e a Qualcomm chegam a um acordo e os processos em tribunal foram finalizados.
A Arm Holdings desistiu da ameaça de rescindir o contrato de licenciamento com a Qualcomm, colocando um ponto final numa disputa legal que se prolongou durante mais de um ano. Embora a decisão já fosse esperada, reflete-se num alívio significativo tanto para os mercados financeiros como para a indústria tecnológica.
A origem do conflito remonta a 2021, quando a Qualcomm adquiriu a Nuvia, uma startup especializada na produção e design de chips. A Arm acusou a Qualcomm de utilizar a sua propriedade intelectual sem a devida autorização, uma vez que a licença da Nuvia não seria automaticamente transferida após a aquisição da empresa. A situação gerou uma batalha legal que se intensificou com o tempo, mas em dezembro do ano passado, um tribunal decidiu em favor da Qualcomm, considerando que os chips de PC da empresa estavam abrangidos pelo acordo existente. No entanto, alguns aspetos da disputa permanecem sem uma resolução clara.
Durante uma conferência realizada após a apresentação dos resultados financeiros trimestrais da Qualcomm, o CEO da empresa, Cristiano Amon, anunciou que a Arm havia decidido abandonar o processo judicial, confirmando que não havia mais intenção de rescindir o contrato de licenciamento. Apesar deste avanço nas relações entre ambas as empresas, a Qualcomm, que continua a ser um dos maiores clientes da Arm, pode ver-se ainda envolvida em novos desafios. Isto porque a Arm está à procura de formas de aumentar o custo das suas licenças, o que poderia reacender as tensões no futuro.
