Apostas desportivas: Premier League bane patrocínios

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A Premier League, o campeonato de futebol inglês, vai acabar com os patrocínios por casas de apostas desportivas. Segundo o Jornal de Notícias, iniciar-se-á agora um período de transição que se prolongará até à época de 2025/26, permitindo a expiração de contratos em vigor e/ou a procura de alternativos. A partir de 2026/27, as camisolas dos clubes ingleses participantes no escalão mais elevado deixarão de contar com patrocínios de casas de apostas.

Apostas desportivas: uma presença ubíqua

Um pouco por toda a Europa cresceu imenso a visibilidade das modernas casas de apostas desportivas através da internet. A paixão pelo desporto e a facilidade de acesso (hoje em dia é possível até apostar através de um telemóvel) possibilitaram o crescimento deste setor, com centenas de marcas à procura de quota de mercado.

Não é só na Europa, naturalmente, que o fenómeno se verifica. Trata-se de um setor da indústria global de entretenimento presente praticamente em todo o globo, e que tem feito um forte investimento para captar clientes na Ásia, um mercado de dimensões intermináveis. (Quem se recorda do célebre discurso de Paulo Futre, na campanha eleitoral para as eleições do Sporting em 2011 e em apoio ao candidato Dias da Cunha, durante o qual ele apelou à “compra do melhor jogador chinês da atualidade” argumentando que “vai vir charters de chineses” para apoiá-lo?)

Também no Brasil, por exemplo, existem já dezenas e dezenas de casas de apostas internacionais, a operar no mercado e a digladiar-se por conseguir um contrato de patrocínio com um “time” local.

Jogo com responsabilidade

Apesar da reação inglesa, não é inevitável que a tendência internacional venha a ser no sentido da proibição deste tipo de patrocínios.

Por um lado, porque a maioria das casas de apostas respeitáveis, a nível internacional, observa as leis locais e padrões de qualidade. O site da supracitada Novibet, por exemplo, não aceita visitantes vindos de Portugal, barrando-lhes a entrada, pelo facto de a empresa não ter obtido licença para operar no nosso país. No mesmo sentido, as casas de apostas legais em Portugal observam um conjunto de medidas de jogo responsável destinadas a proteger o consumidor de eventuais excessos.

Por outro lado, Portugal não está isolado nesta aceitação do fenómeno das apostas desportivas. A França e os Países Baixos são outros exemplos de países onde este patrocínio é aceite e se encontra em franco desenvolvimento.

O caso dos Países Baixos é paradigmático porque se trata de um país que não hesita em colocar entraves legais a uma atividade se entender que pode representar um risco que a sociedade não queira tolerar. Trata-se de um dos países do mundo onde a pressão política para equiparar as “loot boxes” (presentes em diversos videojogos como forma de monetização) a um jogo de azar tem sido mais elevada.

Portugal: situação deverá manter-se

Neste sentido, não surpreende que, ainda de acordo com o Jornal de Notícias, Portugal deva manter o status quo existente. Governo e Liga de Clubes continuam a avaliar os resultados globalmente positivos conseguidos após a inauguração do Regime Jurídico do Jogo e Apostas Online (RJO) em 2015, abrindo caminho a um leque de casas de apostas devidamente legalizadas e licenciadas e que contribuem de sobremaneira para a saúde financeira dos clubes da Primeira Liga.

Disclaimer: Devem verificar os links que surgem ao longo do texto, pois as casas de apostas em questão podem não ter licença atribuída no respetivo país. Como tal, antes de aceder, deverão verificar junto das autoridades nacionais se os mesmos estão autorizados, ou não, a operar no país através do qual estão a aceder. Nós no Echo Boomer temos público de vários pontos do mundo, e não conseguimos garantir que os mesmos estão, ou não, autorizados a operar no país de onde nos estão a consultar. Por exemplo, e ao contrário da Novibet, que não é legal em Portugal, a Betano, Bwin e ESC Online têm licenças para operar no mercado nacional.

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