O novo requisito de sistema para o Android Auto obriga à utilização do Android 9 ou superior, deixando vários smartphones para trás.
O Android Auto deixou oficialmente de funcionar em smartphones equipados com o Android 8 e versões anteriores. A atualização 15.5 do sistema marca o fim do suporte a estes dispositivos, tornando o serviço incompatível e obrigando os utilizadores a escolher entre atualizar o hardware ou abdicar de uma das soluções mais práticas para utilizar o smartphone no automóvel.
A Google já tinha anunciado a intenção de descontinuar o suporte em 2024, mas só agora cumpriu a promessa. A partir da versão 15.5, o Android Auto exige o Android 9 ou superior, deixando os equipamentos mais antigos confinados a versões desatualizadas da aplicação. Estes não só deixam de receber novas funcionalidades e melhorias de desempenho, como também perdem as atualizações de segurança, tornando-se progressivamente mais vulneráveis.
Ainda que a percentagem de utilizadores afetados seja relativamente pequena, estimada entre 2% e 4% do total de utilizadores ativos de Android, o impacto é significativo em modelos emblemáticos como o Samsung Galaxy S7 ou o Huawei P10, que continuam em uso diário. Nestes casos, o Android Auto deixará de receber qualquer atualização ou suporte técnico, funcionando apenas até à próxima incompatibilidade inevitável com os sistemas mais recentes.
A decisão da Google é justificada com o objetivo de concentrar esforços nas versões mais recentes do Android, consideradas mais estáveis e seguras. No entanto, esta medida reforça a perceção de obsolescência programada, empurrando os utilizadores de dispositivos antigos para a modernização forçada. A longevidade dos equipamentos volta assim a ser questionada num ecossistema tecnológico que privilegia o ciclo rápido de substituição.
Para quem mantenha um smartphone antigo e não pretenda investir de imediato num novo modelo, a única alternativa passa por recorrer a ligações Bluetooth para chamadas e reprodução de música, ou utilizar aplicações de navegação diretamente no ecrã do telemóvel, dispensando a interface simplificada do Android Auto.
