Análise – PlayStation 5. O nascimento de um novo ícone

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A PlayStation mais avançada de sempre é, também, a mais Premium até à data.

análise PlayStation 5

Unidade cedida para cobertura pela Sony Interactive Entertainment e PlayStation Portugal.

Aqui está ela, a muito aguardada PlayStation 5. Depois de meses de secretismo e mistérios, pudemos finalmente colocar as mãos numa unidade e confirmar que é real e muito especial.

O lançamento de uma nova geração de consolas, ou de novos modelos, é sempre entusiasmante, mas o lançamento de uma nova geração PlayStation, especialmente em territórios como o nosso, é um marco histórico para a indústria dos videojogos. As expectativas são elevadas e, por vezes, exageradas, mas isto acontece devido à lealdade e confiança dos jogadores que, de alguma forma, sempre viram a promessa do que as suas novas máquinas conseguem fazer a ser cumprida.

A aposta da Sony para esta geração é tão interessante e entusiasmante como é arrojada, com uma máquina que se apresenta em dois formatos, com um deles sendo um inédito modelo 100% digital, a PlayStation 5 Digital Edition, que vê apenas a exclusão do leitor de Blu-Rays UHD e a redução do preço em 100€, face ao modelo completo da PlayStation 5. Em tudo o resto, é exatamente a mesma máquina.

Grande, futurista e bela

Desde o lançamento da primeira PlayStation que a Sony estabeleceu uma enorme expectativa em oferecer um dispositivo não só poderoso, mas igualmente belo, de fazer virar o pescoço e de se tornar uma peça digna de admirar antes de a ligar. A PlayStation 5 não é exceção, algo que foi registado aquando da sua revelação inicial, dividindo opiniões sobre o arrojado aspeto da máquina, diferente de todas as consolas lançadas até hoje.

Mais do que uma peça de hardware dedicada ao entretenimento digital, a PlayStation 5 apresenta-se como uma peça decorativa e de destaque, com um design sinuoso e elegante, mas que, de alguma forma, respeita as regras e a linguagem de design de gerações passadas, em particular da era da PlayStation 2 e PlayStation 3.

Eu próprio não sabia muito bem o que achar desta direção da marca, mas algo que não pude negar logo de início é que é, de facto, uma máquina bela. Ao vivo, esta opinião cimenta-se facilmente. A consola torna-se ainda mais especial, mais elegante e mais imponente, pois além de elegante, é enorme.

análise PlayStation 5

Não só é a maior consola alguma vez produzida pela Sony, como é, também, a maior consola de sempre, com dimensões que se aproximam de uma torre de PC: 39cm de altura quando colocada na vertical, 26cm de profundidade e uma espessura de 10cm. Aliado a estas dimensões temos o seu peso de 4,5kg.

É uma máquina grande, pelo que devem colocar no móvel e mexer o menos possível. É, também, uma máquina com dimensões que requerem espaço, não só para colocá-la, mas também para que esta possa respirar confortavelmente.

O aspeto da PlayStation 5 é automaticamente icónico, com acentos claros e pontos de destaque fortes. A sua frente em forma de jarra revela as saídas de ar que fazem lembrar guelras, apresenta uma textura escura lisa e polida e conta ainda com uma iluminação escondida que lhe dá um ar orgânico, como se de um ser vivo se tratasse. É de uma elegância e delicadeza tal que contrasta de forma muito interessante com o seu lado mais imponente e poderoso das suas características internas.

Na frente, encontramos então o botão de ligar e desligar e, no caso da versão física que recebemos para esta cobertura, o botão de ejetar. São muito semelhantes e sem uma iluminação que revela os ícones de função, podendo, por vezes, tornarem-se difíceis de encontrar e identificar. O mesmo aplica-se às duas portas USB frontais, uma USB-C de alta velocidade e uma USB-A, que, apesar de distintas, não são tão percetíveis em ambientes escuros. De notar que estão bem posicionadas, muito ao centro da consola, mas temo que podiam ter sido colocadas noutra zona da consola, longe da superfície polida que, ao longo do tempo útil da consola, poderá acumular riscos e dedadas, com o uso destas portas.

Na traseira, onde encontramos a maior parte da ventilação da consola, temos também as restantes portas, que não são muitas, mas que serão as suficientes. Alimentação, porta de rede, saída HDMI 2.1 e mais duas portas USB 3.0 tipo A, todas elas de relativo fácil acesso e fáceis de identificar.

A PlayStation 5, tal como a PlayStation 4 original (mas evocando mais a nostalgia da Xbox 360), conta com tampas, em tons de branco, que podem ser removidas e potencialmente trocadas por tampas personalizadas. A superfície removível da consola não potencia só a sua personalização, como dá acesso a pequenos depósitos de pó acumulado para fácil limpeza e manutenção, e, também, acesso à slot de expansão do armazenamento de dados através dos ultra-rápidos SSD NSMEe M.2.

Ainda a nível de design e utilização, destaca-se a forma invulgar que a Sony optou para o posicionamento da consola. Tal como em gerações anteriores, a PlayStation 5 pode ser colocada na vertical ou na horizontal, sem vantagens notórias sob qual das duas será a escolha mais indicada a nível de desempenho. Desta vez, a Sony optou por dar a opção de escolha aos utilizadores, com a inclusão da base de suporte na caixa. Uma base que requer algum manuseamento para a sua colocação segura, mas que é uma experiência interessante no processo do setup da mesma: na vertical temos que aparafusar a base e, na horizontal, temos que conhecer bem o seu encaixe.

No geral, a PlayStation 5 é uma consola bastante robusta, com um design confiante onde parece que tudo foi pensado ao milímetro. Existem exemplos disso em todo o lado, não só pelo seu aparato, como nos pequenos pormenores, como a textura no interior das tampas, composta por milhares de símbolos icónicos da PlayStation. Uma autêntica homenagem ao legado e aos fãs da marca.

O comando que promete mudar tudo

Com uma textura de aderência muito semelhante aos pormenores da consola, tendo milhares de símbolos a cobrirem o seu corpo, temos o novo e incrível comando da PlayStation 5, o DualSense, que promete ser um dos aspetos mais inovadores da consola. Se tiver o devido suporte da marca e dos produtores de jogos, as minhas primeiras impressões com ele levam-me a crer que poderá mesmo obrigar a concorrência a adotar o mesmo tipo de inovações.

Da mesma forma que o DualShock original mudou o jogo (mesmo depois da vibração ter sido introduzida com o Rumble Pack para os comandos da Nintendo 64), o DualSense promete elevá-lo a outro nível, introduzindo novas camadas de imersão extra em situações que nem tínhamos noção que queríamos ou se resultavam.

Dito e descrito, não parece nada de espetacular. Como já contei na antevisão a Astro’s Playroom, o DualSense vem equipado com um conjunto de motores e sensores que, no fundo, não são muito mais do que o que já tínhamos no passado, mas mais precisos e trabalhados. Há mais motores espalhados ao longo do corpo do comando, os gatilhos podem ser programados e adaptados a diferentes situações e a coluna de som tem mais qualidade, mas é no casamento das diferentes funções e o nível preciso com que elas atuam que transformam a experiência.

Com todas estas funcionalidades bem aplicadas, como em Astro’s Playroom, o comando pode simular a navegação em diferentes texturas de terreno, dar a sensação de resistência a puxar ou a quebrar itens e simular o lançamento de projéteis de mil e uma formas. Podemos encontrar outros tipos de exemplos em Marvel’s Spider-Man: Miles Morales, onde é possível sentir a força das teias ao pressionar os gatilhos ou o efeito do choque elétrico dos poderes de Miles durante as lutas.

Estas novidades (mais detalhadas na antevisão a Astro’s Playroom) revelam um futuro promissor que, na realidade, já chegou. Resta apenas perceber como é que os produtores de jogos estão dispostos a puxar pelos limites do DualSense, algo que podem aprender ao tirar notas deste jogo gratuito.

Mas o DualSense não é uma novidade apenas pelas novas funções. É, também, um novo marco de ergonomia, funcionamento e design para a marca nipónica, que teve a coragem de largar o perfil icónico do DualShock, cuja linguagem visual se manteve intocável desde o primeiro comando da PlayStation.

Com uma disposição de botões muitíssimo semelhante aos comandos antigos, o DualSense apresenta-se com um look muito mais desportivo e futurista, com um perfil que, de alguma forma, lembra o infame “Boomerang”, o comando de conceito para a PlayStation 3.

Apesar das dimensões semelhantes às do DualShock 4, o DualSense é mais ergonómico, enchendo um pouco mais a mão. É também mais robusto, sólido e com um feeling muito mais Premium que, mesmo assim, mantém tudo ao nosso alcance, sem necessidade de uma curva de aprendizagem. É, no fundo, muito familiar.

A nível de utilização, uma das maiores diferenças, que pode não ser do agrado de todos, é o perfil dos novos botões, mais baixos e de ação muito suave. É uma diferença subtil, que não muda muito a experiência tradicional, mas que se pode sentir de forma inconsciente.

O trackpad do comando está agora mais largo, embutido no seu corpo, temos novamente uma porta de áudio para auscultadores e, finalmente, uma porta USB-C para carregamento do comando, que é agora de 1500mAh, quase o dobro do DualShock 4. Porém, em termos práticos, com os sensores e motores no máximo, tem um tempo de vida muito semelhante.

De cara lavada, com um novo nome que faz justiça às funções aumentadas do mesmo, o DualSense apresenta um potencial enorme que pode, para já, ser experimentado em Astro’s Playroom, pré-instalado na PlayStation 5. Mal posso esperar por ver os novos efeitos aplicados a alguns dos meus tipos de jogos favoritos.

Uma nova casa

Também renovado surge o sistema operativo da PlayStation 5, uma interface que ficámos a conhecer recentemente num State of Play dedicado ao mesmo.

A nova geração aposta forte na rapidez. Na rapidez de navegação, de acesso, de nos dar tudo o que queremos com o menor número de cliques e tempos de espera possíveis. E a PlayStation 5 não é exceção. Apesar do seu look novo, a sua navegação não é muito diferente do que tínhamos na PlayStation 4, mas não deixa de ser uma grande evolução. Com um tempo de carregamento ultrarrápido, desde o momento em que ligamos a consola, é possível entrar num jogo numa questão de segundos, algo que se torna ainda mais rápido se tivermos a consola em modo de repouso.

Com um visual moderno e ajustado à nova linguagem visual da consola e da marca, os jogos são o grande destaque deste sistema operativo. Apresentados por ordem de acesso, com ícones mais pequenos, abrem espaço para as grandes capas de fundo e informações úteis, como atividades por fazer, os troféus, as tendências nas redes sociais e conteúdos extra que podem ser adquiridos.

O fator incrível não está na apresentação por si só, mas sim na rapidez com que todas estas informações carregam de forma fluida e orgânica, sem tempos de espera, onde o que separa o “virar de página” são apenas as animações do sistema. No que toca à gestão de conteúdos, ficou de fora a possibilidade de criar pastas; por outro lado, temos uma biblioteca muito mais agradável e rápida de aceder e gerir, com opção de escolher diferentes filtros e com abas mais acessíveis aos jogos instalados, do PlayStation Plus e do PlayStation Now.

Uma das mudanças mais agradáveis que encontrei no sistema da PlayStation 5 foi, no entanto, a nível do perfil de utilizador. Não só este é agora muito mais rápido de aceder e a apresentar os nossos objetivos cumpridos, como temos noção de quanto tempo investimos em determinado jogo, com o sistema a apresentar o número de horas por título.

Em termos de mudanças mais drásticas, temos o menu de acesso rápido. Agora, ao invés de aparecer no lado esquerdo do ecrã, surge do fundo e dá-nos acesso a tudo o que é importante, de forma muito mais prática. A partir daqui, podemos aceder ao ambiente de trabalho da consola, a aplicações e jogos recentes, notificações, grupos de amigos, player de música, controlo de volume do comando e do microfone (com ajustes mais precisos), opções de comando, perfil e ligar e desligar. Há ainda a possibilidade de personalizar este menu de acordo com as nossas preferências.

Já no que diz respeito aos menus de sistema, estes mantêm-se em tudo muito semelhantes e familiares ao que tínhamos no passado, mas há, agora, um grande foco na acessibilidade e na gestão de conteúdos. Algumas funções de destaque permitem, por exemplo, a transferência de jogos diretamente de uma PlayStation 4 para a PlayStation 5 via Wi-Fi, juntamente com os dados guardados; a possibilidade de escolhermos a dificuldade padrão de um jogo assim que o começamos; ou a que modo é que queremos dar prioridade em jogos que oferecem modos de desempenho e qualidade.

Mas de todas as novidades de sistema da PlayStation 5, a melhor de todas diz respeito aos cartões de desafios. Já tinham sido explicados no State of Play dedicado ao sistema da consola, mas poder experimentar em primeira mão, com exemplos práticos, deixa-nos imaginar um futuro muito interessante para jogos que possam vir a suportar esta funcionalidade.

Estes cartões podem indicar-nos o que falta para um determinado troféu e propor guias para ultrapassar objetivos mais difíceis, mas podem, também, convidar-nos a fazer um objetivo, nível ou missão de forma imediata. Esta função foi, por exemplo, extremamente útil durante a minha jornada em Marvel’s Spider-Man: Miles Morales. Com um simples clique num botão e uma “longa” espera de um a dois segundos, o sistema enviava-me para uma missão secundária sem necessidade de procurar no jogo o que fazer a seguir ou procurar por pontos de interesse num mapa.

Esta função serve, também, como um olhar à rapidez da máquina, uma vez que estas ações são feitas a nível de sistema e não no jogo em questão. É incrível e de um enorme potencial, pois dependendo dos jogos e dos seus objetivos, pode poupar imenso tempo aos jogadores. Em jogos de corridas podem enviar-nos diretamente para um evento, em jogos de mundo aberto para determinadas missões ou locais… Lá está, dependerá dos produtores.

Desempenho de topo

A velocidade, como indicava anteriormente, é a palavra de ordem desta geração. Quando bem aplicada, como nos dois exemplos já otimizados, Marvel’s Spider-Man: Miles Morales e Astro’s Playroom, os tempos de carregamento da consola prometem ser mais imediatos, se não forem mesmo inexistentes. Esta promessa de maior rapidez também poderá ter um impacto drástico a nível de design de jogos, com mundos maiores, mais interconectados e imersivos e um maior nível de detalhe de assets nos jogos.

Com o objetivo de oferecer experiências a 4K nativos e jogos com framerates até 120fps (algo possível apenas em ecrãs compatíveis e com recurso ao cabo HDMI 2.1 incluído no pacote), atualmente o desempenho da máquina fica à mercê do seu futuro. Neste momento, já temos acesso a algumas funções únicas, como é o caso da tecnologia de Ray-Tracing em Marvel’s Spider-Man: Miles Morales, que está ativa no modo de qualidade de imagem, com resolução 4K a 30fps, e que torna o jogo muito mais vivo, rico e dinâmico do que na versão da PlayStation 4, o jogo anterior desta série. É, neste momento, uma das melhores demonstrações técnicas da consola. E este é apenas o início de um futuro promissor.

Mas esta geração não tem os olhos colocados apenas no futuro. Ao contrário do que aconteceu na geração passada, a PlayStation 5 abre as portas ao legado da geração anterior, com a compatibilidade praticamente completa de todos os jogos da PlayStation 4. Nesta altura de lançamento, serão muitos os jogadores que, certamente, irão continuar a jogar títulos da PlayStation 4 na sua PlayStation 5, o que levanta a pertinente questão: Como é que correm?

A resposta é: muito bem. Mas vai depender de título para título e da sua otimização para a geração passada. No fundo, a PlayStation 5 (seja a normal ou a Digital Edition) opera como se fosse uma PlayStation 4 Pro, oferecendo aos jogadores diferentes modos de jogo em títulos que o suportem e a melhor experiência possível na geração passada. Jogos lançados para PlayStation 4 Pro, que suportem resoluções 4K ou modos de jogo a 60fps, vão tirar partido dessas melhorias sem problema nenhum de forma nativa.

Existe, no entanto, a possibilidade de alguns jogos receberem melhorias através de atualizações, como é o caso de Ghost of Tsushima ou Days Gone, que, na PlayStation 5, operam agora a 4K limpos e a gloriosos 60fps constantes, tornando-se nas melhores versões destes jogos. E, em muitos casos de lançamentos atuais, teremos atualizações, melhorias e até conversões de jogos para a PlayStation 5. Todavia, jogos que nunca tenham recebido melhorias para a PlayStation 4 Pro ficarão como sempre estiveram.

Dependendo do jogo, existem outros tipos de melhorias observáveis, como por exemplo em tempos de carregamento mais breves, graças ao uso de tecnologia SSD. Há também outros títulos que podem apresentar uma melhor fluidez de jogo e a surpreendente aplicação automática de HDR. Foi o que constatei em Bloodborne que, apesar de ainda se jogar na mesma resolução da PlayStation 4, surge com HDR ativo (pelo menos é o sinal que a televisão apresenta), onde as cores do jogo aparentam ser mais vibrantes do que nunca.

Toda a experiência da PlayStation 5 roça o perfeito dentro das expectativas propostas pela marca. É a sua máquina mais avançada e as primeiras impressões revelam um potencial tremendo. Mas existem alguns pontos a considerar a nível de desempenho, tanto bons como menos bons.

Em funcionamento, a PlayStation 5 é uma consola muito silenciosa. Não é um som nulo (se nos aproximarmos ouvimos a sua ventoinha), mas é mesmo muito silenciosa. Acabaram as sessões com auscultadores isolados e cancelamentos de ruído em divisões mais pequenas, uma vez que passa a ser possível jogar alguns dos títulos mais exigentes da geração passada sem medo que a consola levante voo e salte pela janela. E isto é ótimo para quem usa sistemas de som, porque vai poder finalmente ouvir em maior detalhe toda a experiência áudio dos jogos.

Também positivo é o aquecimento da consola que, obviamente, ainda aquece, mas não a níveis exagerados ou preocupantes. Na realidade, diria que, em tarefas pesadas, a consola nem morna fica, o que é fantástico.

Contudo, há um pequeno senão nesta experiência, especialmente para os adeptos dos jogos físicos e donos da versão com leitor. A instalação dos jogos ainda demora algum tempo, 10-20 minutos por disco, dependendo do tamanho dos títulos, e, nesse momento, a consola debita um volume considerável de barulho. O mesmo ocorre aquando da inicialização dos jogos e, noutras vezes, de forma aleatória mesmo em outros títulos, se um disco estiver metido no leitor.

Outro aspeto que tem sido motivo de discussão está relacionado com o armazenamento da consola. Os dois modelos da PlayStation 5 estão equipados com discos de alta velocidade de “apenas” 825GB, onde podemos cortar o espaço ocupado pelo sistema operativo e por Astro’s Playroom (pré-instalado), que ocupa cerca de 10GB.

No total, temos 667.2GB de espaço disponível. Sim, em termos práticos podem ficar limitados por titãs como jogos Call of Duty, mas, de forma moderada, serve perfeitamente para ter instalados entre meia dúzia a uma dúzia de jogos, de tamanhos variados.

Em todo o caso, é sempre possível usar discos USB para o armazenamento de jogos e correr títulos da PlayStation 4 diretamente a partir destes. No futuro, poderão também expandir a memória da consola com discos SSD NSMEe M.2 padrão na slot dedicada.

Jogos há muitos

A oferta da nova geração ainda está limitada aos jogos de transição, mas, felizmente, a PlayStation 5 já tem grandes armas para esta temporada. Além de um jogo incluído na consola, vai ser possível viver as aventuras de Miles Morales no novo Marvel’s Spider-Man: Miles Morales ou tentar lutar pela sobrevivência em Demon’s Souls. No entanto, é a retrocompatibilidade que poderá ocupar muito tempo de antena aos jogadores. A PlayStation sabe disso e oferece um pequeno bombom aos seus jogadores, caso optem pela subscrição do PS Plus.

Apesar de não ter uma oferta tão vasta como o PS Now ou o concorrente Xbox Game Pass, a Coleção PS Plus é um excelente ponto de partida para quem vier para a PlayStation 5 com alguns dos maiores jogos da geração anterior por jogar. Entre uma seleção de 20 jogos, encontramos títulos como Days Gone, God of War, The Last Guardian, Uncharted 4, Bloodborne ou The Last of Us Remastered, prontos a jogar sem custos adicionais à subscrição do PS Plus, que continua a ser um dos pilares da experiência PlayStation, com o acesso às funções online da consola e descontos únicos.

Este pequeno incentivo é uma pequena dádiva aos futuros jogadores da PlayStation 5, servindo também de carta de convite para quem já está afastado da marca há algum tempo.

A PlayStation mais avançada de sempre é, também, a mais Premium até à data

análise PlayStation 5

A minha primeira semana de utilização da PlayStation 5 tem sido uma maravilha. Apesar de não ir mais a fundo no legado da consola, oferecendo uma compatibilidade além da da PlayStation 4, tudo o que a PlayStation 5 coloca em cima da mesa é de uma otimização e de uma qualidade incrível. Não deixa muito espaço para imaginar melhorias, mas deixa, sim, espaço para imaginar o verdadeiro potencial da máquina ao longo do tempo.

Em gerações passadas, assistimos a jogos mais completos e complexos a puxarem pelas capacidades das consolas até à última gota, como vimos este ano em Ghost of Tsushima e The Last of Us Part II. Por isso, será uma questão de tempo até a PlayStation 5 libertar todo o seu potencial.

Uma coisa é certa: é uma aposta segura para os fãs da marca e fãs de videojogos em geral, naquela que já é, pelo menos aos meus olhos, um novo ícone da história da PlayStation.

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