AMD ameaça o domínio histórico da Intel

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AMD cresce em todos os segmentos e já ameaça o domínio da Intel que dura há décadas.

A rivalidade entre a AMD e Intel continua a intensificar-se e os dados mais recentes, referentes ao primeiro semestre de 2025, confirmam um cenário cada vez mais competitivo. A Intel mantém o controlo da maioria do mercado de processadores, mas a AMD está a ganhar terreno precisamente nos segmentos que mais pesam em termos de rentabilidade.

Se olharmos para os números relativos ao segundo trimestre, repara-se que a AMD detém 23,9% do mercado em volume de processadores vendidos. Embora represente uma ligeira descida face ao trimestre anterior (-0,2%), a tendência anual é positiva, com uma subida de 2,8%. O dado mais significativo, contudo, está na receita: a empresa alcançou 27,8% de quota em valor, mais 9,8% do que durante o mesmo período de 2024. A discrepância entre unidades vendidas e receitas traduz uma mudança estrutural: a AMD já não compete apenas pelo volume, conseguindo vender modelos premium com margens elevadas. A Intel, que ainda controla três quartos do mercado em volume, está a perder precisamente nos processadores de topo.

O segmento de computadores de secretária confirma-se como o território mais fértil para a empresa de Lisa Su. A AMD atingiu 32,2% do mercado em unidades no segundo trimestre, um crescimento anual de 9,2%. Do lado da Intel, a quota recua para 67,8%, quando em 2016-2018 a relação era esmagadora, de nove para um.

Na verdade, o avanço da AMD é ainda mais expressivo: 39,3% da receita global de desktops já pertence à empresa, mais 20,5% do que há um ano. O êxito deve-se, sobretudo, à procura pelos Ryzen 9000, em particular os Ryzen 7, Ryzen 9 e as versões X3D, que conquistaram tanto gamers como profissionais.

Os dispositivos móveis continuam a ser o calcanhar de Aquiles

Nos processadores móveis, o domínio continua a ser da Intel. A empresa detém 79,4% do mercado em volume, tendo até reforçado a posição no último trimestre. A quota da AMD recuou para 20,6%, após duas descidas consecutivas. Ainda assim, nem tudo são más notícias para a rival. Apesar das dificuldades em convencer fabricantes de portáteis a integrar os Ryzen AI, a AMD conseguiu elevar para 21,5% a sua fatia de receitas no segmento móvel, mais 3,9% do que em 2024. Isto sugere que os modelos que chegam ao mercado são de gama mais alta e contribuem para melhorar a rentabilidade.

Intel resiste, mas com margens a encolher

Apesar da perda de espaço nos segmentos mais lucrativos, a Intel continua a vender mais processadores em todas as frentes. A sua presença no mercado de consumo de massas mantém-se inabalável. Contudo, os Core Ultra 200, criados para disputar o segmento avançado, não estão a ter a adesão esperada, deixando a AMD a capitalizar a procura por soluções premium.

Joel Pinto
Joel Pinto
Joel Pinto é profissional de TI há mais de 25 anos, amante de tecnologia e grande fã de entretenimento. Tem como hobbie os desportos ao ar livre e tem na sua família a maior paixão.
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