A nova geração de GPUs GeForce RTX Série 50 aposta na computação por inteligência artificial e conta com funcionalidades exclusivas para jogos, encontradas no novo DLSS 4.
A NVIDIA revelou finalmente as suas novas placas gráficas para jogadores, criadores e programadores. Trata-se da aguardada série GeForce RTX 50, sucessora da série GeForce RTX 40, revelada há dois anos.
Na CES 2025, ficámos a conhecer os novos GPUs de arquitetura Blackwell, que marca a quinta geração de placas com Tensor Cores (utilizados para computação inteligente) e a quarta geração de RT Cores (utilizados para cálculos em processos como Ray-Tracing). Estas duas categorias de núcleos prometem impulsionar técnicas de renderização por através de inteligência artificial, como neural shaders, tecnologias para humanos digitais e melhorias na geometria e iluminação.
Sem surpresas, o modelo topo-de-gama, a GeForce RTX 5090, é descrito como o GPU mais rápido da NVIDIA até hoje, com 92 mil milhões de transístores e uma capacidade de processamento de 3,352 mil milhões de operações por segundo (TOPS) em inteligência artificial. Graças às inovações da arquitetura Blackwell e ao DLSS 4 – também ele anunciado na CES 2025 -, este modelo apresenta até duas vezes mais desempenho em comparação com a GeForce RTX 4090.
A série RTX 50 é inicialmente composta pelos modelos RTX 5090, RTX 5080, RTX 5070 Ti e RTX 5070. No entanto, também será lançada em modelos otimizados para portáteis, mantendo as funcionalidades dos modelos de secretária. De acordo com a NVIDIA, a tecnologia Max-Q, aqui atualizada, promete uma maior eficiência energética, com um aumento de até 40% na autonomia da bateria em portáteis ultra-finos e leves, sem comprometer a potência.
A nova geração de DLSS, devidamente apelidada como DLSS 4, inclui uma inovação exclusiva à série RTX 50, que é a geração de múltiplos frames, permitindo que a inteligência artificial aplicada crie até três frames por cada frame renderizado, resultando num desempenho até 8 vezes superior em relação ao método de renderização tradicional, encontrado no DLSS 3 e DLSS 3.5. Esta tecnologia utiliza um modelo “transformer”, oferecendo maior estabilidade e qualidade visual em mais de 75 jogos e aplicações disponíveis no lançamento dos novos GPUs.
Outras melhorias às técnicas já existentes, como o upscaling de imagens mais otimizado, continuarão acessíveis em gerações de GPUs RTX mais antigas, o que significa que o DLSS 4 será compatível com series como a RTX 30 e RTX 40.
Outro avanço de destaque no DLSS 4 é o RTX Neural Shaders, que incorpora redes de inteligência artificial nos shaders programáveis, oferecendo texturas e iluminação em tempo real com qualidade cinematográfica. Adicionalmente, o RTX Neural Faces utiliza inteligência artificial para criar faces digitais de alta qualidade em tempo real, complementado por melhorias no ray-tracing para cabelos, peles e geometria.
Para criadores e produtores, a série RTX 50 suporta FP4 Precision, que duplica o desempenho em modelos de geração de imagens por inteligência artificial. Ferramentas como a aplicação NVIDIA Broadcast também recebem novas funcionalidades, como áudio melhorado e iluminação virtual para streaming.
As placas gráficas GeForce RTX 5090 e 5080 estarão disponíveis a partir de 30 de janeiro, com preços de 1.999 dólares (cerca de 1.924€) e 999 dólares (cerca de 964€), respetivamente, valores que podem flutuar de acordo com as marcas e as lojas. Já as GeForce RTX 5070 Ti e 5070 serão lançadas em fevereiro por 749 dólares (cerca de 722€) e 549 dólares (cerca de 529€), respetivamente, enquanto os portáteis com GPUs da Série RTX 50 chegarão em março e abril.