É um dos maiores negócios do ano. Após semanas de rumores, o acordo foi agora consumado e permite à Disney tornar-se na empresa de entretenimento mais poderosa do mundo. O acordo deve ficar concluído, no máximo, em um ano e meio.
O objetivo é claro: com a Netflix e a Amazon a ganharem cada vez mais terreno no digital, a Disney aproveitou para fazer um negócio histórico e ficar rodeada dos conteúdos da Fox. Mas a compra do grupo 21st Century Fox, propriedade do americano Rupert Murdoch, diz apenas respeito a uma parte do império.
Neste caso, a Disney fica com a bem conhecida produtora de filmes 21st Century Fox, onde se incluem os estúdios de cinema e televisão, FX Networks, National Geographic Partners, Fox Sports Regional Networks, Fox Networks Group International, Star India, Sky plc, Tata Sky e Endemol Shine Group. Também a Hulu, o serviço concorrente da Amazon e Netflix, passa a cargo da Disney. Afinal, sabe-se que, muito em breve, a empresa irá lançar o seu próprio serviço de streaming.
Referimos parte do império Fox porque o multimilionário Murdoch continua a deter a área da informação, isto é, a Fox News, Fox Sports, Big TenNetwork e News Corporation, empresa que contempla os jornais Wall Street Journal e New York Post, nos Estados Unidos, e o The Sun, The Times e The Sunday Times, no Reino Unido, além de vários jornais australianos.
Ou seja, se a Disney pretende focar-se puramente no entretenimento, a nova Fox tem como objetivo crescer e focar-se na informação e desporto.
Mas mais importante que a compra é saber os universos que passam a fazer parte da Disney. X-Men, Deadpool, Fantastic Four, Avatar e séries como The Americans, This is Us, Modern Family ou Simpsons mudam de dono, ou seja, a possibilidade de vermos os Avengers em filmes com os X-Men ou Fantastic Four pode ser uma realidade num futuro não muito longínquo.
No caso dos Fantastic Four, por exemplo, como o mais recente reboot foi tão mau, esta aquisição dos direitos por parte da Disney pode dar outra força ao nome. Já no que toca ao Deadpool, a Disney garante que irá manter o tom e carater que são característicos da personagem, não tentando infantilizá-la após esta aquisição.
