A Google confirma que será possível mudar o endereço do Gmail, com o email antigo a passar a funcionar como endereço alternativo.
A Google está a começar a permitir algo que durante anos foi considerado impossível: mudar o endereço principal do Gmail sem criar uma nova conta e sem perder dados. A funcionalidade já surge descrita nas páginas de apoio da empresa e está a ser disponibilizada de forma gradual, ainda sem confirmação oficial da sua chegada a Portugal.
Na prática, passa a ser possível trocar o nome associado a um endereço terminado em @gmail.com por outro, igualmente @gmail.com. Todo o conteúdo da conta mantém-se inalterado, incluindo mensagens antigas, emails enviados e recebidos, fotografias, ficheiros no Drive e restantes serviços associados. O acesso continua a ser feito com a mesma palavra-passe e tanto o endereço antigo como o novo podem ser usados para iniciar sessão nos serviços da Google.
O endereço original não desaparece nem fica disponível para terceiros. Após a alteração, passa a funcionar como um endereço alternativo, recebendo também todas as mensagens. Isto permite manter contactos, serviços e subscrições antigas a funcionar normalmente, enquanto o novo endereço pode ser usado para comunicações mais formais ou profissionais.
Existem, no entanto, limites definidos. A alteração só pode ser feita uma vez a cada 12 meses e cada conta pode efetuar um máximo de três mudanças ao longo do tempo. Além disso, os novos endereços criados não podem ser eliminados. No total, uma conta poderá ficar associada a até quatro endereços Gmail que apontam para a mesma caixa de entrada.
A utilidade desta opção é evidente para quem criou um endereço há muitos anos, muitas vezes num contexto informal, e hoje o utiliza em ambientes profissionais, académicos ou institucionais. Até agora, a única alternativa passava por criar uma nova conta Google e tentar migrar manualmente dados e acessos, um processo trabalhoso e potencialmente problemático, sobretudo em serviços externos associados ao email original.
A Google confirma que a funcionalidade está a ser implementada de forma faseada, começando por alguns mercados e utilizadores específicos. Não existe, para já, uma data oficial para a sua disponibilização global, mas a presença desta opção em várias versões linguísticas das páginas de suporte indica que o lançamento deverá alargar-se nos próximos meses.
