Aprovado pelo Governo, o Floresta Azul define ações de restauro, criação de viveiros e sensibilização para proteger as pradarias marinhas.
O Governo decidiu implementar o programa Floresta Azul, uma iniciativa dedicada ao restauro ecológico das pradarias marinhas, destacando a relevância destes habitats e a necessidade de travar as pressões que têm acelerado a sua perda. A decisão resulta da cooperação entre o Ministério do Ambiente e Energia e o Ministério da Agricultura e Mar, enquadrando-se nas prioridades nacionais de recuperação da natureza e nos compromissos ambientais assumidos pelo país.
O programa desenvolve-se em várias frentes, desde o mapeamento das áreas onde estas pradarias subsistem até à realização de intervenções diretas de restauro, que incluem plantação e a criação de viveiros específicos. Integra também uma dimensão de sensibilização dirigida às comunidades costeiras, procurando reforçar o envolvimento local no processo. Será ainda avaliado o contributo destas pradarias para o sequestro de carbono, com o objetivo de integrar esse valor no Mercado Voluntário de Carbono.
A execução do Floresta Azul será garantida através de contratos-programa celebrados entre a Agência para o Clima, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, a Agência Portuguesa do Ambiente, a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos e várias entidades com atuação na conservação e restauro das pradarias marinhas, entre centros de investigação e organizações ambientais.
As pradarias marinhas permanecem essenciais para o equilíbrio ecológico, assegurando sequestro de carbono azul, sustentando uma elevada diversidade biológica, estabilizando sedimentos e contribuindo para a proteção natural da linha de costa, fatores que reforçam a urgência de uma intervenção consistente.
