Hamburgueria do Bairro celebra 13º aniversário com novo hambúrguer Berrylicious e mais novidades na calha

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13 anos depois, a Hamburgueria do Bairro mostrou-nos que não quer ficar por aqui: além de novos hamburgueres, há novas lojas na calha e um novo conceito por anunciar em breve.

Foi no início do ano que o Echo Boomer visitou a Hamburgueria do Bairro para conhecer, na altura, a sua mais recente aposta para entrar em 2025 em grande: smash burger. Há uns dias, voltámos a este local onde fomos felizes, não só para celebrar o 13º aniversário da marca, mas também para conhecer o mais recente Berrylicious, um novo hambúrguer com sabores de inverno.

A origem é simples: tudo começou com Diogo Branco, Founder & CEO da Hamburgueria do Bairro, numa loja minúscula, num período em que ir comer fora era quase um luxo. A crise tinha rebentado, os bancos cortavam crédito a tudo e todos, e as pessoas pensavam duas vezes antes de gastar. Na altura existiam apenas duas hamburguerias de referência: o Honorato e a Hamburgueria do Bairro. O conceito era básico – hambúrguer simples, cheeseburger, nada de grandes invenções -, mas talvez tenha sido essa simplicidade que gerou um movimento local tão forte. A marca cresceu organicamente, sem grandes fundos, sem dívidas bancárias e sem ambições de dominar Lisboa de um dia para o outro. Abria-se uma loja, esperava-se que ganhasse pulmão próprio, reinvestiam-se os lucros e avançava-se para a seguinte.

Quem lá trabalha há anos descreve cada abertura quase como um capítulo: São Bento, Restelo, Parque das Nações, Estrada da Luz, Cascais, Funchal, Almada… e por aí fora, até às 11 lojas que existem hoje. Algumas fecharam porque a zona mudou, porque as obras afastaram clientela ou porque os contratos deixaram de fazer sentido. Outras nasceram por curiosidade, como a no Funchal, feita para perceber se era possível gerir tudo à distância. A loja funcionava, faturava bem, mas a logística alimentava dores de cabeça: produtos que não aguentavam a viagem, verdura que perdia frescura, pequenos detalhes que comprometiam a qualidade. No fim, a distância pesou mais do que o entusiasmo.

Uma das coisas que a equipa faz questão de sublinhar é a obsessão com o produto: pão fresco, feito em padaria tradicional, nunca congelado; carne nacional vinda de produtores locais; bolo do caco preparado como na Madeira; e limonada feita à mão, com limões que chegam todas as semanas pelas mãos de um fornecedor da zona Oeste. A regra é simples: nada congelado. A percentagem de produto nacional ronda os 95%, e só não é 100% porque há ingredientes que simplesmente não existem cá.

A uniformização das lojas é outra marca da casa. No início houve a tentação de adaptar cada espaço ao bairro em questão, mas rapidamente perceberam que isso criava mais ruído do que identidade. Hoje, a experiência é igual em toda a parte e o cliente sabe exatamente o que vai encontrar. Mesmo assim, continuam atentos aos ritmos de cada zona: há lojas com mesas altas que vão sendo substituídas porque o público mudou; há espaços mais residenciais onde ninguém quer comer numa mesa alta; e há lojas mais dinâmicas onde esse ambiente ainda faz sentido.

O crescimento sempre foi ponderado. Uma loja por ano, sem pressa e sem cedências ao modelo de saturação adotado por algumas cadeias. Falou-se bastante disso: as rendas absurdas, os grupos que chegam com milhões para gastar sem olharem a custos, a forma como alguns negócios parecem crescer à força de dinheiro e não de viabilidade. A Hamburgueria do Bairro nunca quis essa rota. Perderam lojas por não aceitarem rendas incomportáveis, foram ultrapassados nalguns contratos, mas preferiram manter coerência em vez de entrar numa guerra de bolsos fundos. O setor, hoje, está cheio de fundos de investimento, marcas que abrem várias lojas de uma vez, cadeias internacionais que chegam com equipas inteiras e objetivos de revenda. A equipa da Hamburgueria do Bairro olha para isso com distância crítica – reconhece que há espaço para todos, mas não se revê nessa lógica.

A comunicação digital também entrou na conversa. Nos primeiros anos, o Facebook fez praticamente todo o trabalho. As fotografias eram tiradas com um iPhone, publicadas quase em modo amador, e isso bastava para levar pessoas às lojas. Hoje há fotógrafos profissionais, há mais cuidado, Instagram, mas a essência mantém-se: comunicação simples, direta, muito apoiada no dia a dia das lojas.

Houve ainda espaço para recordar alguns clássicos: o hambúrguer do mês, que acabou por desaparecer porque se tornou repetitivo; as edições especiais que agora surgem de três em três meses; o Caco, que começou como edição limitada e acabou incorporado na carta; e outras experiências que ficaram pelo caminho porque não fazia sentido ter uma carta gigantesca e impossível de gerir.

Quanto ao nosso almoço propriamente dito, provámos três hamburgueres, até para o estômago não ficar demasiado cheio: o Do Bairro – que continua a ser um hamburguer espetacular; o Caco, que fez tanto sucesso quando estreou como especial do mês que ficou permanentemente; e a novidade Berrylicious, num hambúrguer que leva pão brioche, carne de vaca, compota de arandos, brie, agrião e cebola caramelizada. Uma proposta doce, demasiado até, pelo que recomendamos que, caso queiram provar esta novidade, não peçam mais nada antes – atirem-se logo para o Berrylicious. Curiosamente, duas ex-concorrentes do Masterchef Portugal deram ainda a sugestão de separar a compota de arandos da cebola caramelizada, para não aparecer um ingrediente logo em cima do outro…

Apesar de tudo isto, a Hamburgueria do Bairro está hoje num ponto de maturidade: já passou pela fase do crescimento rápido, já ajustou o que tinha a ajustar e agora está focada em renovar o que existe. Por exemplo, a loja do Restelo irá estrear um novo conceito, ainda no segredo dos deuses, e está também na calha uma nova localização em Lisboa, desta vez na LX Factory. 2026 promete, por isso, ser um ano bem interessante para a Hamburgueria do Bairro…

Alexandre Lopes
Alexandre Lopes
Licenciado em Comunicação Social e Educação Multimédia no Instituto Politécnico de Leiria, sou um dos fundadores do Echo Boomer. Aficcionado por novas tecnologias, amante de boa gastronomia - e de viagens inesquecíveis! - e apaixonado pelo mundo da música.
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