Obra de Basílio evoca as 24 vítimas mortais de violência doméstica em 2025

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Nem tudo são rosas reúne 24 flores que revelam a silhueta de uma mulher quando regadas, num gesto artístico de Basílio que sublinha a gravidade da violência doméstica.

O artista português Rui Basílio, cujo trabalho ficámos a conhecer numa ida à Forneria, assinalou o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres com uma criação concebida para tornar visível a dor associada a um crime que continua a marcar o país. A obra surge como resposta direta às 24 mortes registadas desde o início do ano, número que levou o artista a transformar estatísticas em matéria simbólica.

A peça, apresentada com o título Nem tudo são rosas, integra uma pedra central rodeada por 24 rosas, cada uma dedicada a uma vítima. O momento-chave acontece quando as flores são regadas: a água revela a silhueta de uma mulher, metáfora para um sofrimento que tantas vezes permanece oculto até ser exposto.

Basílio reconhece que o impacto dos dados recentes reforçou a necessidade de materializar esta reflexão artística, descrevendo o projeto como uma forma de dar corpo a uma dor que, na sua perspetiva, tende a passar despercebida. Ao revelar a obra, o artista sublinha que a violência doméstica continua a exigir atenção pública constante e lembra que o problema ultrapassa géneros ou perfis específicos.

Alexandre Lopes
Alexandre Lopes
Licenciado em Comunicação Social e Educação Multimédia no Instituto Politécnico de Leiria, sou um dos fundadores do Echo Boomer. Aficcionado por novas tecnologias, amante de boa gastronomia - e de viagens inesquecíveis! - e apaixonado pelo mundo da música.
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