Bruxelas quer reduzir os carregadores proprietários e reforçar as regras de eficiência energética.
Depois de impor a porta USB-C nos smartphones, e com os portáteis prestes a seguir o mesmo caminho, a Comissão Europeia volta a focar-se no ecossistema de carregamento. A nova regulamentação, publicada no Diário Oficial da União Europeia, determina que a maioria das fontes de alimentação vendidas no espaço comunitário inclua obrigatoriamente uma porta USB-C até ao final de 2028. O objetivo é reduzir de forma acentuada o peso dos sistemas proprietários, que deverá passar de cerca de 50% para perto de 15%.
A obrigação aplica-se ao carregador e não necessariamente ao dispositivo, excetuando casos já cobertos por legislação própria, como os telemóveis. Na prática, isto deixa margem para que algumas fabricantes mantenham adaptadores com duas saídas, uma proprietária e outra USB-C, embora Bruxelas conte que a pressão regulatória acelere a adoção de padrões comuns.
A União Europeia reforça também as regras de eficiência energética. A partir de 2028, os carregadores USB-C terão de cumprir novos limites de consumo, tanto em modo de espera como em cargas reduzidas. As estimativas apontam para uma redução global próxima dos 3% no consumo associado a estes equipamentos, com impacto direto no desperdício e nas emissões geradas no espaço europeu.
