Funko admite risco de colapso financeiro após dívida ultrapassar 240 milhões de dólares

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A empresa norte-americana responsável pelas figuras Funko Pop, reconhece “dúvida substancial” sobre a sua capacidade de continuar a operar nos próximos 12 meses.

A Funko, fabricante das populares figuras colecionáveis Funko Pop, revelou num documento entregue à Securities and Exchange Commission (SEC) – a comissão que regula o mercado financeiro nos Estados Unidos – que está a enfrentar sérias dificuldades e que corre o risco de incumprimento dos seus empréstimos. No relatório referente ao terceiro trimestre, terminado a 30 de setembro, a empresa admite existir uma “dúvida substancial” quanto à sua capacidade de manter as operações durante o próximo ano, o que pode ditar, entre outras coisas, o fim das figuras colecionáveis.

Com uma dívida total próxima dos 241 milhões de dólares (aproximadamente 224 milhões de euros), a Funko registou uma perda líquida de um milhão de dólares no último trimestre, após ter obtido oito milhões de lucro no mesmo período de 2024. As vendas globais caíram 14,3% e, nos Estados Unidos, o recuo atingiu 20,1%. A empresa atribui a situação ao impacto das tarifas impostas às importações e à redução das encomendas por parte dos retalhistas.

Em julho, a Funko alterou o seu contrato de crédito com o JPMorgan Chase Bank para adiar o cumprimento de determinadas cláusulas e ganhar tempo para refinanciar a dívida. Ainda assim, a empresa reconhece que poderá não conseguir cumprir as novas condições impostas pelos credores.

O novo diretor executivo, Josh Simon, que assumiu funções em setembro após cinco anos na Netflix, tenta agora reposicionar a marca através da estratégia “Make Culture Pop”, com foco em novos formatos como a linha Bitty Pop e na expansão de licenças associadas a franquias como Stranger Things e Wicked. Entre as medidas previstas está a introdução de máquinas automáticas de venda com miniaturas surpresa.

O relatório entregue à SEC indica que a continuidade das operações dependerá, então, da obtenção de novos financiamentos ou de uma reestruturação da dívida, alertando para o risco de incumprimento caso tal não aconteça.

David Fialho
David Fialho
Licenciado em Comunicação e Multimédia, considero-me um apaixonado por tecnologias e novas formas de entretenimento. Sou editor de tecnologia e entretenimento no Echo Boomer, com um foco especial na área dos videojogos.
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